A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou uma revisão para baixo na previsão de crescimento da carteira de crédito para 2025. A estimativa caiu de 9% para 8,5%, refletindo um cenário econômico mais desafiador, com juros elevados e pressão inflacionária.
É importante mencionar que essa decisão pode impactar milhões de brasileiros, afetando diretamente a concessão de empréstimos e financiamentos bancários.
Bancos adotam postura conservadora em 2025
Vale lembrar que em 2024, o crescimento do crédito foi de 10,9%, mas as projeções para 2025 são mais modestas. Isso porque os principais bancos do país, como Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, estão adotando estratégias mais cuidadosas na hora de oferecer o crédito.
Com isso, estão sendo priorizados os clientes com uma maior capacidade de pagamento. Além disso, também está sendo oferecido os produtos financeiros de menor risco.
Vale mencionar que os bancos privados estão concentrando seus esforços em linhas de crédito seguras, como o consignado, enquanto o Banco do Brasil se beneficia de sua forte presença no agronegócio e de uma carteira de clientes menos volátil. Essa estratégia visa minimizar riscos e garantir maior estabilidade financeira para as instituições.
Como ficam os consumidores brasileiros
Com a previsão de juros elevados, os consumidores devem enfrentar dificuldades na obtenção de crédito. Isso porque os bancos estão mais seletivos na concessão de empréstimos, exigindo garantias mais robustas. Além disso, a desaceleração do crédito pode impactar o consumo, afetando diretamente o crescimento econômico do país.
Outro detalhe importante é o impacto nas empresas, especialmente as pequenas e médias, que dependem do crédito para capital de giro e expansão. Com condições mais rigorosas e taxas mais altas, muitas delas podem enfrentar dificuldades financeiras.
É importante mencionar, ainda, que, segundo pesquisa da Febraban realizada entre 5 e 10 de fevereiro com 21 bancos, 76,2% dos entrevistados acreditam que a taxa Selic subirá além de 14,25% em 2025. Além disso, a maioria (47,6%) projeta uma inflação de 5,5%, enquanto 52,4% esperam crescimento do PIB em torno de 2%.