Nos primeiros 40 dias de 2025, o Brasil atingiu a marca de R$ 500 bilhões em arrecadação de impostos, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Esse valor é alarmante por diversos motivos, sendo a principal evidência de que o governo federal continua a aumentar sua carga tributária em um ritmo preocupante, o que reflete diretamente no bolso do cidadão brasileiro. O aumento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2024 levanta questões sobre a forma como os recursos são geridos, a dependência crescente de tributos e o impacto da inflação.
Crescimento da arrecadação
A arrecadação de R$ 500 bilhões em apenas 40 dias é uma demonstração de como o governo tem se utilizado do aumento da carga tributária como uma solução para enfrentar a necessidade de recursos.
Contudo, essa alta arrecadação é diretamente impactada pela inflação e pelos aumentos nos preços de bens e serviços essenciais, como alimentos, combustíveis e energia elétrica. Esse crescimento da arrecadação é, portanto, um reflexo do peso que os cidadãos têm sentido no seu dia a dia, com o custo de vida disparando devido aos impostos.
Crítica do deputado Matheus Cadorin: Falta de Controle e Aumento de Impostos
O deputado federal Matheus Cadorin, do Partido Novo, tem se posicionado de maneira firme contra essa tendência crescente de aumento de impostos. Em suas declarações, Cadorin aponta que a principal falha do governo não é a necessidade de arrecadar, mas sim não descontrole dos gastos públicos. Para ele, o governo continua gastando sem limites e, como solução, opta por aumentar ainda mais a carga tributária, jogando a conta para os cidadãos.
“O governo segue gastando sem limites e a conta sobra sempre para quem paga impostos. Em vez de cortar despesas desnecessárias, Brasília resolve o problema de um jeito simples: metendo a mão no bolso do brasileiro”, afirmou o parlamentar.
Essa crítica evidencia um dos maiores problemas de gestão pública no Brasil: a falta de austeridade e a dificuldade de reestruturação do Estado, mesmo diante de uma arrecadação crescente. A solução parece ser sempre a mais fácil e dolorosa para o povo com a criação de novos tributos ou o aumento dos já existentes.
“”Preços altos e a realidade do custo de vida
Com o aumento da carga tributária, o cidadão brasileiro sente, de forma cada vez mais palpável, o peso nos preços dos produtos básicos. No supermercado, o combustível, nas contas de luz e até mesmo em serviços essenciais, o aumento nos preços muitas vezes é atribuído à alta carga de impostos que incide sobre esses produtos e serviços. O reflexo disso é uma redução no poder de compra das famílias, que veem seus orçamentos sendo cada vez mais apertados.
Enquanto isso, o governo, por sua vez, continua gastando sem limites, com diversas fontes apontando para o alto custo das mordomias e privilégios de parte da classe política e da administração pública.
Corte de despesas e eficiência na Gestão Pública
Em meio a esse cenário, o deputado Matheus Cadorin defende que, em vez de continuar aumentando os impostos, o governo deveria priorizar o controle e a redução da máquina pública.
A proposta é que os recursos arrecadados sejam usados de forma mais eficiente e transparente, sem desperdícios com gastos supérfluos. Para ele, é fundamental que haja uma reavaliação dos gastos públicos e que o governo seja mais responsável na aplicação dos recursos obtidos.
“O governo já tomou meio trilhão de reais da população só neste começo de ano. O cidadão aperta o cinto, mas Brasília continua no luxo, gastando bilhões com mordomias. Isso precisa mudar”, reforçou Cadorin.
Essa crítica tem ganhado força, especialmente em tempos de crise econômica, onde a população tem dificuldades para arcar com os custos mais básicos, enquanto o governo continua a manter altos gastos.
Busca por mais autonomia para os Estados
Além das críticas ao governo federal, Cadorin também destaca a necessidade de um pacto federativo mais justo. Em sua visão, estados como Santa Catarina poderiam reter mais recursos em vez de depender da União. Essa autonomia permitiria que os estados tivessem maior liberdade para administrar seus próprios recursos, focando nas necessidades locais e criando um sistema tributário mais equilibrado.
Ele acredita que os cidadãos precisam ser mais conscientes e cobrar maior transparência e responsabilidade na gestão do dinheiro público, tanto em nível federal quanto estadual. Para ele, a participação ativa da população é fundamental para que haja um controle mais eficaz e uma gestão mais responsável dos recursos.
O Brasil precisa urgentemente de uma reforma no sistema tributário e de uma revisão dos gastos públicos, a fim de garantir que os recursos arrecadados sejam aplicados de forma mais justa e eficiente. Caso contrário, a população continuará a pagar o preço de uma gestão pública ineficiente e descontrolada, enquanto os impostos seguem em alta.