A CAPES firmou um acordo com a editora Wiley, assegurando que estudantes, docentes e pesquisadores de 434 instituições ligadas ao Portal de Periódicos, da Diretoria de Programas e Bolsas no País, tenham acesso a mais de mil revistas científicas. O contrato também possibilita que a comunidade acadêmica publique artigos em acesso aberto, sem restrições, nos periódicos híbridos da Wiley.
Este é o terceiro acordo que a CAPES celebra com editoras para viabilizar a publicação de pesquisas realizadas por cientistas brasileiros. Os dois contratos anteriores foram firmados com a American Chemical Society (ACS) e o Institute of Electrical and Electronic Engineers Incorporated (IEEE), que, até o início de fevereiro, já haviam publicado, em conjunto, 661 artigos.
Parceria da CAPES
Além de oferecer acesso a publicações acadêmicas de excelência, o acordo tem como objetivo aumentar a projeção internacional da produção científica brasileira. Com mais de 200 anos de atuação, a editora norte-americana Wiley é uma referência global em pesquisa e educação, especialmente nas áreas de engenharia.
Lançado em 2000, o Portal de Periódicos reúne 448 instituições de ensino e pesquisa, alcançando um público potencial de mais de seis milhões de usuários, entre professores, pesquisadores, estudantes e técnicos. Reconhecido como um dos maiores acervos científicos virtuais do mundo, o Portal desempenha um papel fundamental no avanço da pós-graduação no Brasil e na conexão da comunidade científica do país.
Acesso aberto aos estudantes
O Brasil está entre os 15 países que mais produzem artigos científicos no mundo, ocupando atualmente a 13ª posição. Destaca-se também por ter a maior proporção de publicações acessíveis gratuitamente na internet, dentro do modelo de acesso aberto.
De acordo com um levantamento de 2018 da empresa norte-americana Science-Metrix, especializada em análise de atividades científicas e tecnológicas, 74% dos artigos publicados em periódicos brasileiros são disponibilizados sem restrições.
Um aspecto curioso do acesso aberto é que a chamada “via verde” – em que os próprios autores tornam seus artigos disponíveis – tende a gerar mais citações do que a “via dourada”, onde a disponibilização ocorre por meio dos periódicos. Contudo, para uma compreensão mais aprofundada dessas tendências, são necessários estudos de longo prazo, já que a real influência de um artigo científico só pode ser medida após alguns anos de sua publicação.