O Brasil está se preparando para enfrentar a terceira onda de calor de 2025, que deverá ocorrer na próxima semana, com previsão de temperaturas extremamente elevadas em diversas regiões do país.
As manifestações identificadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) se expandirão gradualmente a partir do próximo domingo, 16 de fevereiro, e afetarão principalmente os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. Mais adiante, o calor intenso se espalhará para Goiás e Bahia.
As orientações indicam que uma nova onda de calor será específica para temperaturas máximas que podem ultrapassar mais de 5°C a média climatológica para a época do ano, especialmente nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. A massa de ar quente e seca, já atuando em algumas áreas, ganhará força, gerando um período de calor intenso e prolongado. Essa elevação nas temperaturas será sentida principalmente por agricultores, pecuaristas e em diversos setores da economia.
Como a onda de calor afeta a agricultura e Pecuária?
As altas temperaturas previstas para a onda de calor podem impactar de forma significativa a agricultura e a pecuária do país. A agricultura pode sofrer com a escassez de chuvas e com o aumento da evaporação da água, prejudicando os rendimentos de grãos como soja, milho e arroz, além de intensificar a necessidade de fiscalização.
Para piorar, o estresse térmico pode comprometer o desempenho dos animais, causando perda de peso e afetando a produção de leite e carne.
O que é uma onda de calor?
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas diárias ultrapassam 5°C ou mais em relação à média mensal, por no mínimo cinco dias consecutivos. Essa opinião abrange uma área ampla, impactando diversas localidades e não se limitando a um único ponto geográfico.
O Brasil já experimentou ondas de calor severas neste ano. A primeira onda de calor aconteceu entre os dias 17 e 23 de janeiro, enquanto a segunda ocorreu entre os dias 2 e 12 de fevereiro. Durante a segunda onda de calor, o Inmet emitiu um aviso vermelho de grande perigo, que era válido até dia 12 de fevereiro, abrangendo principalmente as regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Em diversas cidades gaúchas, as temperaturas ultrapassaram os 40°C, com Porto Alegre registrando 39,3°C como máxima. Esse calor extremo também causou sensação térmica acima de 70°C em algumas áreas, embora essa informação tenha sido corrigida pela Climatempo.
Expectativa para os próximos dias
A previsão do Inmet indica que as características atingirão inicialmente os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, mas logo se espalhará por Goiás e Bahia. A partir do dia 16 de fevereiro, as temperaturas deverão subir ainda mais, atingindo níveis bastante superiores à média histórica, trazendo desafios tanto para a população quanto para os setores produtivos.
Além dos efeitos diretos na agricultura e pecuária, a onda de calor pode gerar consequências econômicas em diferentes setores. O aumento da demanda por energia elétrica, devido ao uso intensivo de sistemas de refrigeração e ventilação, pode sobrecarregar as redes de distribuição e aumentar os custos de consumo.
O turismo também pode ser afetado, com muitas pessoas preferindo evitar destinos mais quentes, o que pode prejudicar o setor em regiões como o Nordeste, que já experimentam temperaturas elevadas com frequência.
Com o aumento das temperaturas, é fundamental tomar medidas preventivas para garantir o bem-estar da população. É importante ficar atento aos sinais de desidratação, insolação e exaustão pelo calor, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças. Além disso, a população deve ser orientada sobre a importância de evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia e de manter a hidratação adequada.