A Agência Espacial Internacional anunciou que o asteroide 2024 YR4, descoberto em 27 de dezembro de 2024 pelo Observatório El Sauce, no Chile, tem uma probabilidade de 1,2% de colidir com a Terra no dia 22 de dezembro de 2032.
Assim, os cientistas alertam que o corpo celeste, cujo diâmetro estimado varia entre 40 e 100 metros, pode causar impactos significativos caso atinja uma área habitada.
Asteroide pode atingir diferentes continentes
Caso o asteroide entre na atmosfera terrestre, países da América do Sul, África e Ásia podem sofrer consequências diretas ou indiretas do impacto. Entre as nações mais vulneráveis estão Equador, Colômbia, Venezuela, Nigéria, Sudão, Etiópia, Índia, Paquistão e Bangladesh.
O risco de destruição em massa depende do tamanho exato do objeto e do local do impacto. Um asteroide de 40 metros poderia provocar uma explosão semelhante ao evento de Tunguska, que devastou 2.000 km² de floresta na Sibéria em 1908.
Já um corpo de 100 metros de diâmetro causaria danos ainda mais severos, podendo destruir uma cidade inteira ou, se atingir o oceano, gerar um tsunami com consequências catastróficas para regiões costeiras.
Vale mencionar que a trajetória do 2024 YR4 será monitorada de perto nos próximos anos. Em 17 de dezembro de 2028, o asteroide passará novamente próximo à Terra, proporcionando uma oportunidade para refinar os cálculos sobre seu risco real de impacto.
Monitoramento e protocolo de segurança ativado
Devido à ameaça potencial do asteroide, a Agência Espacial Internacional classificou-o no nível 3 da Escala de Turim, que avalia o risco de colisão de corpos celestes em uma escala de 0 a 10. Este é o primeiro caso em que o Protocolo de Segurança Planetária da ONU foi ativado para monitoramento de risco, destacando a seriedade da situação.
Outro detalhe importante é que o Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra da Agência Espacial Europeia está conduzindo estudos detalhados para estimar com maior precisão o tamanho do asteroide.
A dificuldade atual reside no fato de que o cálculo é baseado na luz solar refletida pelo objeto, tornando necessária uma análise por radar para obter medições mais exatas. Entretanto, essa técnica só será possível quando o 2024 YR4 se aproximar novamente em 2028.