A tecnologia usada por um turista argentino para “desligar” caixas de som nas praias tem gerado muita discussão na internet, isso porque esse dispositivo, chamado de jammer, é proibido no Brasil.
Ele funciona bloqueando o sinal do Bluetooth e interrompendo a comunicação entre celulares e caixas de som. Apesar de parecer uma inovação, o uso dele é cercado de problemas legais e de riscos para outros aparelhos eletrônicos.
Como o dispositivo funciona
O jammer funciona gerando interferências em frequências específicas, como a de 2,4 GHz, que o Bluetooth usa. Com isso, ele impede que celulares e caixas de som se conectem.
Outro detalhe importante é que essa ação não afeta só a música na praia, mas também pode atrapalhar outros aparelhos que usam a mesma frequência, tipo o Wi-Fi, drones, consoles de videogame e equipamentos de automação residencial.
Os especialistas dizem que a tecnologia de jamming já foi usada em guerras para impedir a comunicação de mísseis e drones.
Mas é importante mencionar que no Brasil, a lei diz que qualquer aparelho que emite sinal de comunicação sem fio precisa ser autorizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). E como o jammer não tem essa autorização, ele não pode ser vendido e usado pelo público.
Como usar esse dispositivo no Brasil
O uso de dispositivos como o jammer é restrito a alguns órgãos públicos aqui no Brasil. Outro detalhe importante é que entre eles estão as Forças Armadas, o Ministério da Defesa, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e algumas polícias federais e estaduais.
Vale mencionar que a lei limita o acesso a esses aparelhos por causa do risco de interferir em comunicações importantes e na segurança de equipamentos que dependem dessas frequências.
Usa jammers também pode ser considerado crime, pois ele interfere nos sinais de outras pessoas, o que é considerado uma violação dos direitos de comunicação e privacidade.
No caso do turista argentino, ele disse que criou o dispositivo para uso pessoal e que quer vender ele. Mas, outro detalhe importante é que, ele também sabia que em vários países, inclusive no Brasil, o uso de um jammer é ilegal. Essa história toda reacendeu as discussões sobre como a tecnologia está mudando a nossa rotina e quais os limites legais do uso dela.