Na última semana, a Cacau Show — tradicional rede de lojas de chocolates — tornou-se alvo de duras críticas nas redes sociais, após relatos polêmicos virem à tona por meio de franqueados e ex-funcionários.
Enquanto donos de franquias apontam práticas comerciais abusivas e cobrança de taxas controversas, ex-colaboradores da sede da empresa descrevem a existência de supostos rituais conduzidos pelo fundador e CEO, Alexandre Costa, que, segundo os denunciantes, teriam características semelhantes às de seitas.
O cenário desencadeou uma enxurrada de denúncias e publicações em perfis como o “Doce Amargura”, voltado a reunir queixas de pessoas ligadas à marca.
Diante da crescente repercussão, a Cacau Show divulgou uma nota pública, mas sem fornecer esclarecimentos pontuais sobre as acusações mais graves.
O que diz a Cacau Show sobre acusação de ser uma seita?
No comunicado publicado nas redes sociais, a empresa classificou os relatos em circulação como “publicações inverídicas” e afirmou estar sendo alvo de ataques que distorcem sua cultura e valores.
A nota, assinada em conjunto com o CEO, defende que a empresa foi construída com base em integridade, confiança e respeito.
Em relação às críticas sobre práticas espirituais, a Cacau Show afirmou que a chamada “vivência do cacau” é uma experiência sensorial não obrigatória, com uso de licor de cacau sem álcool, e que busca celebrar a essência da matéria-prima da marca.
Já sobre a oração “Pai Nosso”, mencionada como parte dos encontros internos, a empresa garantiu que trata-se de uma atividade opcional e que respeita todas as crenças religiosas.
Relatos de franqueados e ex-funcionários da Cacau Show revelam situação
Por outro lado, os relatos dos envolvidos traçam um quadro mais alarmante. Ex-funcionários relataram que, em determinados dias, eram convocados a participar de encontros em ambientes escuros, com velas e cânticos, conduzidos pessoalmente por Alê Costa.
A presença, segundo eles, não era opcional como afirma a Cacau Show, e os participantes deveriam seguir um código de vestimenta específico — como usar roupas brancas e entrar descalços.
Franqueados, por sua vez, denunciaram o que consideram imposições comerciais injustas. Um dos principais alvos de críticas é a chamada “taxa do cacau”, que teria sido implementada sem respaldo contratual.
Além disso, alegam que recebem mercadorias não solicitadas, muitas com validade próxima ao vencimento, e que enfrentam dificuldades para recusar ou devolver esses produtos.
Mesmo com o posicionamento público, os questionamentos continuam sem respostas diretas já que a nota da Cacau Show não respondeu nenhuma das acusações sérias dos ex-funcionários e dos franqueados, atendo-se apenas aos boatos sobre práticas de seita, e por isso o debate segue ativo nas redes.