A preocupação com uma possível nova pandemia tem crescido no Brasil após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em aves comerciais no país.
Vale mencionar que a informação foi divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e acendeu o alerta para o avanço do vírus H5N1, que até então estava restrito a aves silvestres e de subsistência. O caso foi registrado no estado do Rio Grande do Sul (RS), em uma granja produtora de ovos férteis.
O vírus influenza aviária H5N1 é conhecido por sua alta taxa de letalidade em humanos. Isso porque as chances de morte pode chegar a cerca de 48%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Embora, até o momento, não haja registro de transmissão direta entre pessoas, cientistas destacam que o vírus tem apresentado capacidade crescente de infectar mamíferos, como suínos, bovinos e até animais marinhos, o que representa um risco real para a saúde pública.
Gripe aviária acende alerta global para uma nova pandemia
O cenário é especialmente preocupante devido à possibilidade de que o H5N1 passe por mutações e se adapte ao organismo humano. Isso porque, segundo estudos recentes, o vírus já mostrou capacidade de se replicar em mamíferos, um possível passo para se tornar transmissível entre pessoas, por meio de gotículas de saliva, espirros, tosse ou contato físico.
Vale mencionar que esse processo é semelhante ao que ocorreu com o surgimento da gripe suína, em 2009, que teve origem em coinfecções entre vírus de diferentes espécies. Dessa forma, especialistas alertam para o risco elevado durante o inverno, período que favorece o aumento de casos de influenza sazonal, como o H1N1, criando o ambiente ideal para o surgimento de uma nova cepa viral.
Outro detalhe importante é que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, desde que esses alimentos sejam devidamente refrigerados e preparados em altas temperaturas. No entanto, o contato direto com secreções de animais infectados continua sendo a principal forma de transmissão.
Monitoramento e prevenção são essenciais
A Anvisa reforça que o Brasil segue monitorando a situação e adotando medidas sanitárias para conter a disseminação do vírus. Entretanto, é importante mencionar que a vigilância em zonas de contato entre animais e humanos ainda é considerada frágil, segundo especialistas.
Isso reforça a necessidade urgente de estratégias mais robustas de contenção e de fortalecimento da rede de diagnóstico.
Além disso, a vacinação contra a gripe comum, apesar de não proteger diretamente contra a influenza aviária, se torna fundamental para reduzir o risco de coinfecções. Com isso, diminui-se também a chance de surgirem mutações que possam dar origem a uma nova pandemia.
Sendo assim, a recomendação das autoridades sanitárias é clara: quem faz parte dos grupos prioritários deve se vacinar, redobrar os cuidados em ambientes de risco e acompanhar atentamente as atualizações dos órgãos oficiais.