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Predador de três olhos é descoberto por especialistas

Por Leticia Florenço
22/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Mosura fentoni estaria entre os radiodontes menores, com parentes posteriores atingindo tamanhos de até dois metros de comprimento — Foto: Danielle Dufault/Jean-Bernard Caron

Mosura fentoni estaria entre os radiodontes menores, com parentes posteriores atingindo tamanhos de até dois metros de comprimento — Foto: Danielle Dufault/Jean-Bernard Caron

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Um fóssil de 506 milhões de anos foi recentemente encontrado na formação Burgess Shale, um dos sítios paleontológicos mais famosos do mundo, localizado na Colúmbia Britânica, no Canadá.

A descoberta revela uma nova espécie de predador marinho, batizada de Mosura fentoni, e vem provocando entusiasmo na comunidade científica por apresentar um conjunto de características anatômicas nunca antes vistas.

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O animal, apelidado de “mariposa marinha”, pertencia ao grupo dos radiodontes, ancestrais distantes dos artrópodes modernos, como insetos, crustáceos e aracnídeos.

Mosura fentoni

O Mosura fentoni era um predador de pequenas proporções, do tamanho de um dedo indicador humano, que nadava nos mares primitivos da Terra durante o período Cambriano.

O que o torna especialmente notável é a presença de três olhos, sendo um deles centralizado, maior e mais destacado que os demais. Essa estrutura sugere que o animal tinha um campo de visão avançado para sua época, talvez essencial para caçar suas presas e se orientar no ambiente aquático.

Estrutura corporal segmentada e brânquias sofisticadas

Uma das maiores surpresas da análise anatômica do fóssil foi a presença de um abdômen dividido em 16 segmentos, algo extremamente raro entre os radiodontes conhecidos.

Além disso, o animal apresentava brânquias na parte traseira do corpo, uma adaptação respiratória que remete diretamente aos caranguejos-ferradura e a outros artrópodes modernos. Isso sugere um caso de convergência evolutiva, quando estruturas semelhantes evoluem independentemente em diferentes espécies, guiadas por necessidades funcionais parecidas.

Uma anatomia sem precedentes

O fóssil do Mosura fentoni está entre os mais bem preservados já encontrados no Burgess Shale. Imagens mostram detalhes minuciosos do intestino, do sistema nervoso e até mesmo dos olhos e estruturas circulatórias, revelando um organismo sofisticado, muito além do que se esperava para esse grupo.

A boca do animal tinha o formato de um apontador de lápis, cercada por placas serrilhadas organizadas em fileiras, uma configuração inédita, ideal para capturar e triturar presas pequenas. Além disso, as garras frontais possuíam espinhos bifurcados, diferentes dos espinhos simples observados em outros radiodontes.

Deslocamento aquático semelhante ao de uma raia

O modo de locomoção do Mosura fentoni também chama a atenção dos cientistas. Ele provavelmente se movia de maneira graciosa e eficiente através das águas, utilizando suas nadadeiras para impulsionar o corpo como uma raia moderna.

Esse tipo de natação, em que o animal “voa” sob a água, pode ter sido uma vantagem evolutiva na caça de presas menores, como vermes poliquetas e pequenos artrópodes bentônicos que viviam no fundo do mar.

Um fóssil que altera o entendimento sobre a evolução dos artrópodes

Antes da descoberta do Mosura fentoni, acreditava-se que os radiodontes apresentavam uma morfologia corporal mais simples e padronizada. Com esse novo achado, os cientistas agora enxergam uma diversidade muito maior dentro do grupo.

A segmentação detalhada do corpo, as estruturas respiratórias e o olho central exclusivo representam um novo capítulo no entendimento da complexa transição entre formas de vida primitivas e os artrópodes altamente adaptáveis que dominam os ambientes atuais.

A importância do Burgess Shale na paleontologia mundial

O local onde o fóssil foi encontrado já é famoso por suas contribuições ao estudo da fauna do Cambriano. O Burgess Shale conserva detalhes excepcionais de organismos que habitaram os oceanos há mais de 500 milhões de anos, muitos deles sem equivalentes modernos.

Esses fósseis oferecem pistas cruciais sobre os primeiros passos da vida complexa no planeta e ajudam os cientistas a reconstituir a árvore evolutiva de diversos grupos animais.

Um vislumbre raro do passado distante

O estudo do Mosura fentoni não apenas amplia o conhecimento sobre os radiodontes, mas também representa um raro vislumbre dos estágios iniciais da evolução dos artrópodes.

Com base em fósseis tão bem preservados, os pesquisadores podem investigar como organismos vermiformes deram origem a formas corporais mais segmentadas e funcionalmente sofisticadas. Essa transição foi essencial para o sucesso evolutivo dos artrópodes, que hoje representam mais de 80% de todas as espécies animais conhecidas.

O futuro das pesquisas e o impacto na biologia evolutiva

Com dezenas de fósseis ainda sendo analisados, a descoberta do Mosura fentoni pode ser apenas a ponta do iceberg. Os pesquisadores esperam que novas espécies, talvez ainda mais surpreendentes, estejam esperando para serem reveladas no Burgess Shale e em outras formações semelhantes ao redor do mundo.

Esses estudos não apenas ajudam a preencher lacunas no registro fóssil, mas também esclarecem como a vida evoluiu em momentos críticos da história da Terra.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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