O Instituto-Geral de Perícias (IGP) está conduzindo a análise de uma ossada humana descoberta em um matagal no interior de uma fazenda no bairro Saiqui, em Canela (RS). Os restos mortais foram localizados por moradores que transitavam pela região na manhã de segunda-feira, 19 de maio. A área foi imediatamente isolada para os trabalhos da perícia.
Segundo a Polícia Civil, o corpo estava em avançado estado de decomposição, o que sugere que permaneceu no local por, no mínimo, dois anos. O delegado Vladimir Medeiros, responsável pela investigação, aguarda os laudos periciais para dar continuidade às diligências.
O caso está sendo tratado com cautela pelas autoridades, que não descartam nenhuma hipótese até o momento. O material genético será coletado para análise de DNA, e os dados poderão ser cruzados com bancos de informações de pessoas desaparecidas.
Processo de identificação de ossada humana
O reconhecimento de uma ossada humana envolve procedimentos complexos que vão além do simples exame visual. Inicialmente, os peritos confirmam se os restos são de origem humana e analisam as condições de preservação dos ossos.
Em seguida, antropólogos forenses determinam características como sexo, idade aproximada, estatura e possíveis sinais de traumas. Quando os ossos estão suficientemente conservados, é possível até identificar a etnia do indivíduo.
A análise de DNA, uma das técnicas mais precisas no processo, pode revelar a identidade da vítima caso haja material genético de familiares disponíveis para comparação. Outra ferramenta, embora menos utilizada, é a reconstrução facial, que pode ajudar na visualização da possível aparência da vítima.
Vale mencionar que, apesar do avanço das técnicas forenses, a degradação natural causada pelo tempo e pelas condições ambientais pode comprometer a qualidade do DNA e atrasar a conclusão dos laudos.
Circunstâncias ainda são desconhecidas
Até o momento, a Polícia Civil de Canela mantém o caso em investigação e trabalha para reunir o máximo de informações possíveis. O objetivo é compreender não apenas a identidade da vítima, mas também as circunstâncias da morte.
É importante mencionar que o local onde a ossada foi encontrada já passou por outras varreduras, e não há indícios de que o caso tenha ligação com outros registros recentes da região.