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Tênis famoso nos anos 80 volta a ser vendido

Por Leticia Florenço
15/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Tênis - Reprodução/Unsplash

Tênis - Reprodução/Unsplash

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A década de 1980 no Brasil foi um marco no cenário esportivo e de moda, e muito disso deve-se à popularização de marcas nacionais de tênis que se tornaram verdadeiros ícones culturais.

Entre elas, destacam-se a Rainha, Montreal, Kichute e Bamba, marcas que marcaram uma geração e moldaram os hábitos de consumo de calçados no país. Com o avanço do tempo, e com o crescimento das grandes marcas internacionais, muitas dessas empresas desapareceram, mas agora estão vivendo uma nova fase.

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A revalorização de suas histórias e a tendência do resgate do “vintage” têm levado essas marcas a reentrar no mercado, especialmente com o apelo digital e de nicho.

Cenário esportivo dos anos 80 no Brasil

A década de 1980 foi decisiva para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Com a popularização de esportes como o futebol e o vôlei, novas marcas de tênis surgiram para atender às necessidades dos atletas e, especialmente, da juventude, que se apaixonava pelos calçados esportivos não só pela funcionalidade, mas também pelo estilo.

O apelo das marcas nacionais era forte, já que eram associadas a um momento de grande sucesso esportivo, como o tricampeonato mundial da seleção brasileira de futebol.

As marcas Rainha, Montreal, Kichute e Bamba se tornaram parte do cotidiano dos brasileiros, sendo usadas tanto em atividades esportivas quanto no dia a dia, nas escolas e no lazer.

Kichute

Lançado em 1970 pela Alpargatas, o Kichute logo se tornou sinônimo de popularidade. Com um design robusto, cadarços longos e um solado de borracha, o Kichute foi o calçado oficial dos jovens que praticavam futebol nas ruas e nas peladas.

O seu grande destaque veio durante a conquista do tricampeonato mundial de futebol pela seleção brasileira, o que fez com que se consolidasse como símbolo de juventude, diversão e estilo.

Em seu auge, a marca chegou a vender mais de 9 milhões de pares por ano. No entanto, com o passar dos anos e a chegada das grandes marcas internacionais, como Nike e Adidas, o Kichute foi perdendo relevância, sendo gradualmente esquecido até o início dos anos 2000.

Recentemente, o Grupo Alexandria anunciou o relançamento do Kichute, mas até o momento, a marca ainda não voltou de forma massiva às prateleiras, aguardando o momento certo para sua nova chegada ao mercado, talvez com uma proposta digital para atrair um público nostálgico e jovem.

Bamba

Também criado pela Alpargatas, o Bamba foi lançado um pouco depois do Kichute, inspirado no design dos clássicos All Star americanos. De lona e com solado de borracha, o Bamba era conhecido pela sua versatilidade, sendo ideal tanto para meninos quanto para meninas.

A grande vantagem do Bamba era sua ampla gama de cores, que conquistava os jovens pela possibilidade de personalização e estilo.

O Bamba era uma verdadeira expressão de liberdade e irreverência. Porém, como muitas outras marcas brasileiras da época, o Bamba perdeu seu protagonismo com o avanço das marcas internacionais nos anos 1990. Apesar de um tímido retorno nos anos 2000 com novas cores e formatos, ele nunca mais atingiu o pico de popularidade que teve nos anos 80.

Atualmente, o Grupo Alexandria planeja um novo relançamento da marca, mas o Bamba ainda está aguardando uma nova estratégia para sua volta ao mercado.

Rainha

Fundada em 1934 pela Saad & Cia, a marca Rainha é uma das mais antigas e tradicionais no Brasil. Comprada pela Alpargatas em 1978, a Rainha se consolidou como a marca de calçados esportivos mais conhecida do país durante os anos 1980.

Além de seus tênis de alta performance, a Rainha foi pioneira ao fechar contratos de patrocínio com equipes de vôlei, como a Pirelli, e foi um grande catalisador para a profissionalização desse esporte no Brasil.

Na década de 80, a Rainha era vista como um símbolo de qualidade e inovação, sendo a primeira marca esportiva a utilizar a tecnologia de autoclave na fabricação de seus tênis. A marca também se destacou pelo envolvimento em campanhas publicitárias e no apoio ao esporte, tornando-se uma das maiores referências do setor.

Hoje, a Rainha continua operando com vendas online e em algumas lojas físicas, mantendo viva sua tradição, embora o mercado tenha mudado bastante. O relançamento de suas coleções e a presença no e-commerce representam uma tentativa de reconectar com a nova geração.

Montreal

A Montreal, por sua vez, teve um destaque muito grande nos anos 80, especialmente pelo seu apelo junto ao público infantil, devido à sua presença no programa “Domingo no Parque”, apresentado por Silvio Santos. Esse programa fazia com que as crianças ganhassem tênis Montreal como prêmios, o que aumentava ainda mais sua visibilidade e desejo pelo produto.

Com o tempo, a Montreal não conseguiu se manter relevante diante da concorrência crescente, especialmente das marcas internacionais. A marca foi comprada e passou a operar em Nova Serrana, Minas Gerais, mas encontrou dificuldades para se manter no mercado.

Hoje, a Montreal parece estar em uma espécie de pausa, com sua presença nas redes sociais e no mercado digital praticamente inexistente. No entanto, sua importância histórica no contexto esportivo e cultural dos anos 80 é inegável.

Retorno das marcas nacionais e a nostalgia dos anos 80

Nos últimos anos, o conceito de nostalgia tem se tornado cada vez mais presente no mercado de consumo, e as marcas que fizeram parte da história dos anos 80 estão aproveitando esse fenômeno para relançar seus produtos.

O apelo à memória afetiva de consumidores que viveram aquele período está sendo usado como estratégia para reconquistar o público, principalmente no meio digital, onde as campanhas de marketing têm feito grande sucesso.

O retorno dessas marcas, como Kichute, Bamba e Rainha, pode representar mais do que um simples resgate do passado: é uma tentativa de reafirmar o valor das marcas nacionais em um mercado saturado de gigantes internacionais.

Para muitos brasileiros, a compra desses tênis não é apenas uma questão de moda, mas um reencontro com a identidade cultural e esportiva do país.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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