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Ciência descobre como o cérebro cria memórias

Por Leticia Florenço
11/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Cérebro - Reprodução/iStock

Cérebro - Reprodução/iStock

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A criação de memórias no cérebro humano é um processo complexo e fascinante. A cada dia, nosso cérebro armazena experiências, informações e aprendizagens de uma forma impressionante, que muitas vezes nem conseguimos compreender por completo.

Recentemente, cientistas descobriram novos detalhes sobre como o cérebro organiza e forma memórias, revelando uma complexidade ainda maior no processo de aprendizado.

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O processamento das informações no cérebro

O cérebro humano é uma máquina extraordinária, composta por bilhões de neurônios interconectados. Esses neurônios não apenas conduzem impulsos elétricos como computadores, mas também são responsáveis por armazenar e processar informações.

A comunicação entre os neurônios acontece através das sinapses, pequenas conexões que transmitem sinais de um neurônio para o outro. É nesse processo de interação elétrica que se forma o “código” da memória.

Cada neurônio possui extensões chamadas dendritos, que recebem sinais de outros neurônios. Esses sinais são então integrados pelo corpo celular do neurônio, que decide como transmitir a informação adiante.

O conjunto de pulsos elétricos emitidos por grupos específicos de neurônios gera representações das experiências vividas, sejam elas novas ou antigas, criando, assim, a memória.

Plasticidade sináptica

Durante décadas, a teoria predominante no campo da neurociência foi que o cérebro aprende alterando a força das conexões entre os neurônios, ou seja, as sinapses.

Esse fenômeno, conhecido como plasticidade sináptica, ocorre à medida que novas informações chegam ao cérebro e as conexões entre os neurônios se tornam mais fortes ou mais fracas, dependendo da frequência com que os neurônios se comunicam entre si.

Embora isso tenha sido amplamente aceito, os cientistas estavam, até recentemente, incertos sobre as regras específicas que governam essa plasticidade.

A pergunta central era: como o cérebro decide quais conexões sinápticas devem ser alteradas e em que momento? Essa questão, chamada de “problema de atribuição de crédito”, foi um dos focos de uma pesquisa recente que revelou novas e surpreendentes descobertas.

Diferentes regras para diferentes conexões

Ao investigar como os neurônios processam as informações durante o aprendizado, os cientistas realizaram um experimento inovador.

Usando camundongos geneticamente modificados, eles conseguiram monitorar a atividade das sinapses em tempo real enquanto os animais aprendiam uma tarefa simples: pressionar uma alavanca após ouvir um som específico. O que descobriram foi surpreendente.

Os pesquisadores identificaram que, em vez de seguir uma única regra de aprendizado uniforme, como a famosa regra de Hebb (que sugere que neurônios que disparam juntos se conectam), os neurônios seguiam diferentes conjuntos de regras, dependendo da localização das sinapses nos dendritos.

Algumas sinapses seguiam as regras tradicionais, enquanto outras se comportavam de maneira completamente independente, adaptando-se às necessidades específicas do aprendizado.

Esse comportamento, em que neurônios utilizam simultaneamente várias regras de aprendizado em diferentes partes de sua estrutura, pode ser a chave para um aprendizado mais eficiente e preciso, permitindo que o cérebro realize múltiplas tarefas e represente informações de maneira mais complexa.

Implicações para a saúde mental e distúrbios cerebrais

Essas descobertas têm implicações significativas para a saúde mental. Distúrbios como a depressão, por exemplo, podem ser causados por disfunções nas conexões sinápticas, em particular, pelo enfraquecimento excessivo das sinapses em certas áreas do cérebro.

O entendimento de como as conexões sinápticas devem mudar durante o aprendizado pode fornecer novas pistas sobre como corrigir essas disfunções e desenvolver tratamentos mais eficazes.

Além disso, outras condições como doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, podem estar relacionadas a alterações na plasticidade sináptica. Compreender melhor esse processo ajudará os cientistas a tratar esses distúrbios de maneira mais precisa, restaurando as conexões neurais danificadas e, assim, recuperando funções cognitivas essenciais.

Impacto da descoberta na inteligência artificial

A descoberta de que os neurônios seguem diferentes regras de aprendizado em diversas sinapses também pode ter implicações profundas para a inteligência artificial (IA).

As redes neurais artificiais, que são a base de muitos sistemas de IA, foram inspiradas no funcionamento do cérebro humano. No entanto, as regras de aprendizado que regem essas redes são bastante simples e uniformes, o que limita sua capacidade de aprender de forma eficiente e adaptativa.

A pesquisa pode fornecer insights valiosos sobre como criar redes neurais mais avançadas e biologicamente plausíveis, capazes de aprender de maneira mais similar ao cérebro humano.

Isso poderia resultar em sistemas de IA mais eficientes, com um desempenho superior, capazes de realizar tarefas mais complexas e de lidar com diferentes tipos de informações de maneira mais flexível.

À medida que avançamos no entendimento do cérebro, podemos esperar uma nova era de tratamentos médicos mais eficazes e de inovações tecnológicas capazes de transformar a maneira como interagimos com o mundo ao nosso redor.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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