Rodrigo Morgado, empresário dono da Quadri Contabilidade, foi preso em flagrante pela Polícia Federal no fim de abril, por porte ilegal de arma, durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas. Morgado foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão em diversas cidades, como Santos, Bertioga e São Paulo.
Durante a operação, além de materiais relacionados ao tráfico de drogas, os policiais encontraram uma arma ilegal em seu carro, o que resultou em sua prisão. Entre os bens apreendidos, estavam dois carros de luxo, que geraram repercussão.
Caso do carro tomado
O empresário ficou conhecido por ter sorteado um carro durante uma festa de fim de ano em sua empresa, mas posteriormente retirou o prêmio de uma funcionária, alegando que ela não cumpriu as regras estabelecidas. A situação ganhou grande repercussão após a demissão de Larissa Amaral da Silva, que havia sido a vencedora do sorteio de um Jeep Compass 2017.
De acordo com Morgado, Larissa não cumpriu requisitos internos como a participação em treinamentos e a captação de clientes, o que motivou a decisão de demiti-la e retirar o veículo. A funcionária, por outro lado, relatou que o carro apresentou problemas mecânicos desde a entrega, o que foi uma das razões para suas queixas. Para o empresário, o comportamento da funcionária foi o suficiente para justificar tanto a demissão quanto a devolução do prêmio.
Investigação do empresário
A Operação Narco Vela teve início após um alerta da DEA (agência antidrogas dos Estados Unidos), que informou à Polícia Federal sobre a apreensão de três toneladas de cocaína encontradas em um veleiro brasileiro em alto-mar, próximo ao continente africano, em fevereiro de 2023. A partir desse episódio, as autoridades brasileiras passaram a investigar um sofisticado esquema de tráfico internacional, com rotas partindo da Baixada Santista rumo à África, por meio de embarcações de grande porte.
Desde então, a operação já resultou na apreensão de oito toneladas da droga. O empresário Rodrigo Morgado passou a ser alvo da investigação por suposta ligação com a rede criminosa, que utilizava o oceano como rota para transportar entorpecentes até a África e a Europa.