Uma mudança recente nas regras do programa Minha Casa, Minha Vida fez a classe média respirar aliviada — e comemorar.
O anúncio feito pelo governo federal em meados deste mês trouxe novidades significativas para famílias com rendas entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, grupo que até então não era contemplado pelo programa habitacional.
A criação de uma nova categoria de financiamento abriu uma janela de oportunidade para esse público, que agora poderá realizar o sonho da casa própria com condições mais acessíveis.
Classe média pula de alegria com notícia do Minha Casa Minha Vida
A principal novidade no Minha Casa, Minha Vida é a criação da chamada Faixa 4, voltada para famílias de classe média. Nessa nova modalidade, será possível financiar imóveis com valor de até R$ 500 mil, incluindo tanto unidades novas quanto usadas.
Os contratos poderão ter até 35 anos de duração, com uma taxa de juros anual de 10% — inferior à média de mercado, que atualmente gira em torno de 11,5% a 12%.
A medida não prevê subsídios governamentais, ou seja, os compradores deverão arcar com o valor integral do imóvel.
No entanto, o custo total será atenuado pela taxa de juros mais competitiva. O financiamento será válido mesmo para quem não possui saldo no FGTS, mas se restringe à aquisição do primeiro imóvel e cobre até 80% do valor total da unidade.
A medida, segundo estimativas oficiais, pode beneficiar até 120 mil famílias apenas no primeiro ano. Trata-se de uma sinalização clara do governo de que pretende ampliar o alcance social do programa, levando-o também à classe média urbana — um eleitorado estratégico em ano pré-eleitoral.
Outras novidades no Minha Casa, Minha Vida
Além da introdução da Faixa 4, as outras faixas do programa Minha Casa, Minha Vida também foram ajustadas. A Faixa 1 agora inclui famílias com renda de até R$ 2.850, e mantém os subsídios de até 95%.
A Faixa 2 foi estendida para atender quem ganha até R$ 4,7 mil, com descontos de até R$ 55 mil no valor do imóvel. Já a Faixa 3, que oferece financiamento com juros reduzidos, passa a contemplar rendas de até R$ 8,6 mil, mas sem subsídios diretos.
Outra alteração importante foi a elevação do teto de valor dos imóveis em cidades do interior com até 100 mil habitantes. Nesses locais, o limite de financiamento aumentou para até R$ 230 mil, ampliando as possibilidades de compra fora dos grandes centros.
Com essas mudanças, o Minha Casa, Minha Vida passa a abranger uma fatia maior da população brasileira e se adapta ao novo perfil socioeconômico do país.