A Serasa Experian, referência nacional em inteligência de dados e segurança digital, emitiu um alerta nesta semana sobre o avanço acelerado das tentativas de fraude no Brasil.
O ano de 2025 começou com recordes preocupantes: somente em janeiro, foram evitadas mais de 1,2 milhão de ações fraudulentas, o maior volume já registrado pela instituição desde o início da série histórica do Indicador de Tentativas de Fraude.
Esse crescimento, que representa um aumento de 41,6% em relação ao mesmo mês de 2024, evidencia a sofisticação das ameaças cibernéticas e a urgência na adoção de tecnologias de autenticação e proteção por parte de empresas e consumidores.
Setores mais visados do Serasa
Segundo os dados mais recentes, os setores de Bancos e Cartões continuam sendo os mais afetados, concentrando 52,5% das tentativas de fraude. Em seguida aparecem os segmentos de Serviços (33,6%) e Financeiras (6,4%). Embora com menor incidência, telefonia e varejo também enfrentam desafios constantes.
Vale mencionar que os principais alvos dos golpistas são pessoas entre 36 e 50 anos, faixa etária que registrou 35,5% dos casos em maio. Entretanto, indivíduos mais jovens, com até 35 anos, também são frequentemente atingidos. Isso porque a população economicamente ativa concentra grande parte das transações digitais, tornando-se mais vulnerável a ataques.
Outro detalhe importante é o deslocamento geográfico dos ataques. Regiões antes menos visadas, como Norte e Nordeste, vêm apresentando crescimento expressivo nas ocorrências. Estados como Amazonas, Pará e Distrito Federal lideram o ranking proporcional de tentativas por milhão de habitantes.
Como funciona o monitoramento
A principal ferramenta de monitoramento do Serasa é o Fraudômetro, sistema que calcula em tempo real a estimativa de tentativas de fraudes com base em dados consolidados da instituição. A metodologia considera desde verificações de CPFs até análises documentais, biometria facial e comportamento de dispositivos.
Além disso, é importante mencionar que cerca de 69% das tentativas são identificadas por meio de inconsistências cadastrais. As demais são detectadas através de validação biométrica (24%) e análise de dispositivos com comportamento suspeito (6%).
Para minimizar riscos, especialistas recomendam que os consumidores:
- Usem senhas fortes e diferentes para cada aplicativo;
- Evitem clicar em links suspeitos recebidos por redes sociais ou SMS;
- Cadastrem suas chaves Pix apenas em canais oficiais;
- Monitorem com frequência o CPF no site da Serasa.
Empresas, por sua vez, devem investir em soluções antifraude em camadas e autenticação contínua, garantindo segurança sem comprometer a experiência do cliente.