A NASA e o telescópio espacial James Webb identificaram uma nova preocupação astronômica: o asteroide 2024 YR4, que inicialmente ameaçava a Terra, agora tem 3,8% de chance de colidir com a Lua em 2032. Com um diâmetro estimado entre 53 e 67 metros, essa rocha espacial passou a ser monitorada de forma ainda mais intensa pela comunidade científica.
Descoberto em dezembro de 2024, o 2024 YR4 chegou a apresentar risco de 3,1% de atingir a Terra. Embora esse valor tenha sido rapidamente descartado por novas análises feitas em fevereiro, ele representou uma das maiores probabilidades de impacto já registradas pela NASA para um asteroide.
Agora, o foco volta-se à possibilidade de colisão com o satélite natural da Terra, que segue sendo observada com maior precisão por instrumentos como o James Webb.
Vale mencionar que, embora o risco atual ainda seja considerado baixo, qualquer possibilidade de impacto na Lua desperta interesse por seu valor científico e por potenciais efeitos futuros na exploração espacial.
A importância da Lua e os impactos de uma colisão
A Lua exerce influência direta sobre a Terra, afetando marés, clima, magnetosfera e ciclos biológicos. A força gravitacional que ela exerce estabiliza a inclinação do eixo terrestre, evitando variações climáticas drásticas. Além disso, ela é responsável pelas marés oceânicas, que regulam ecossistemas marinhos e ajudam a controlar a temperatura global.
Outro detalhe importante é a influência da Lua sobre a magnetosfera terrestre, uma camada de proteção contra partículas solares que podem causar danos em equipamentos e redes elétricas. Com isso, qualquer alteração significativa em sua estrutura ou superfície atrai atenção de cientistas de todo o mundo.
Entretanto, especialistas apontam que, caso o impacto ocorra, é improvável que afete a órbita da Lua. O mais provável seria a formação de uma nova cratera, gerando um clarão visível da Terra, especialmente por telescópios e equipamentos adequados.
É importante mencionar que estudar esse fenômeno pode fornecer dados valiosos sobre a composição da superfície lunar e melhorar os modelos de previsão de impactos espaciais.
Dessa forma, mesmo sem colocar em risco a vida na Terra, o evento é visto como uma oportunidade única de pesquisa. A possibilidade de acompanhar um impacto conhecido em tempo real abre novas frentes para o entendimento da dinâmica lunar e para a segurança de futuras missões tripuladas, como as previstas pelas agências espaciais americana e chinesa nos próximos anos.