Nos últimos anos, o jejum intermitente ganhou destaque entre as estratégias de emagrecimento, especialmente por sua flexibilidade e bons resultados na perda de peso. Ao contrário de dietas que impõem restrições severas ao tipo de alimento consumido, esse método se baseia principalmente em controlar os períodos do dia em que se pode comer.
Há várias maneiras de praticá-lo, com variações tanto na duração quanto na frequência semanal. Um dos modelos mais investigados recentemente é o chamado jejum 4:3, que tem despertado o interesse da comunidade científica por seus efeitos promissores, conforme demonstrado em um estudo recente.
Análise do modelo
No método 4:3 de jejum intermitente, os participantes se alimentam normalmente por quatro dias da semana e restringem drasticamente a ingestão calórica nos outros três, consumindo apenas 20% do habitual. Um estudo com 165 adultos com sobrepeso ou obesidade mostrou que, após 12 meses, quem seguiu esse padrão perdeu em média 7,6% da massa corporal — mais do que os 5% observados entre aqueles que seguiram uma dieta com restrição calórica contínua.
Embora a diferença de perda de peso entre os grupos tenha sido modesta, o método mostrou maior adesão por dispensar a contagem diária de calorias. Além disso, os praticantes do jejum apresentaram melhores resultados em marcadores de saúde, como pressão arterial, colesterol e glicemia. O estudo também incorporou apoio psicológico e incentivo à prática de até 300 minutos semanais de exercícios moderados, promovendo mudanças sustentáveis no estilo de vida.
Jejum 4:3
Publicado na Annals of Internal Medicine, um estudo aponta que o jejum intermitente pode ser uma alternativa eficaz para quem tem dificuldade em manter dietas de restrição calórica diária. O método 4:3, segundo os pesquisadores, oferece uma estratégia baseada em evidências com mais flexibilidade, o que facilita a adesão. Em vez de focar na contagem constante de calorias, ele permite que os praticantes priorizem escolhas alimentares mais saudáveis.
Apesar dos benefícios, especialistas alertam que o jejum deve ser feito com orientação profissional. Sem o acompanhamento adequado, há riscos como episódios de compulsão alimentar ou perda de massa muscular. O estudo reforça ainda que o intermitente não é uma solução isolada e precisa estar associado a hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios e uma dieta equilibrada.