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Nossos ancestrais corriam muito mal, segundo estudo

Por Leticia Florenço
02/04/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Ossos - Reprodução/Unsplash

Ossos - Reprodução/Unsplash

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Há aproximadamente três milhões de anos, nas vastas savanas do leste da África, nossos primeiros ancestrais enfrentavam condições selvagens e perigosas para sobreviver. Em um cenário hipotético, imaginemos que um antílope ferido, depois de uma luta feroz com hienas e um crocodilo, se torna uma presa fácil.

Após a disputa com os predadores, os primeiros seres que se aproximam para aproveitar a carcaça não são caçadores habilidosos, mas sim seres semelhantes aos nossos ancestrais: os Australopithecus afarensis.

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O que parece ser uma cena comum de sobrevivência, na verdade, esconde um mistério fundamental sobre a capacidade de locomoção e caça desses seres. Os Australopithecus, famosos por sua habilidade em andar eretos, mas não por sua velocidade, enfrentam desafios distintos quando se trata de fugir ou caçar.

Eles podem ter se aproximado da carcaça, mas a grande questão que surge é: seriam capazes de correr rápido e por longos períodos para fugir de predadores como o temível Homotherium, um grande felino extinto, ou até mesmo caçar suas próprias presas?

Enigma da velocidade e resistência de nossos ancestrais

Até recentemente, muitos cientistas acreditavam que os primeiros humanos, como os Australopithecus afarensis, possuíam habilidades de corrida semelhantes às dos humanos modernos.

No entanto, uma série de descobertas recentes, através de simulações e modelagens digitais, alterou essa visão. Em vez de serem atletas ágeis e rápidos, os Australopithecus se mostraram muito mais lentos e menos adaptados para correr longas distâncias.

Anatomia de Lucy e seus limites

Lucy, o fóssil mais famoso de Australopithecus afarensis, descoberto em 1974, representa um marco na história da evolução humana. Embora seu esqueleto seja notavelmente bípede, indicando que ela andava ereta, sua anatomia não estava preparada para velocidades rápidas.

A modelagem em 3D do esqueleto de Lucy, realizada por cientistas, mostrou que ela não seria capaz de atingir velocidades comparáveis às dos humanos modernos. Sua velocidade máxima estimada ficaria em torno de 17,6 km/h, muito abaixo das capacidades de corredores rápidos de hoje, que podem superar os 30 km/h.

Esse dado é fundamental para entender a adaptação dos Australopithecus ao ambiente e suas limitações como caçadores.

Incapacidade de correr com resistência

A questão não é apenas a velocidade máxima, mas também a capacidade de correr por longos períodos, um aspecto fundamental para a caça persistente. Muitos dos seres humanos modernos, como Homo erectus, eram capazes de perseguir suas presas por longas distâncias até exaurir sua resistência.

No entanto, para os Australopithecus, as simulações revelaram que o custo energético para se mover era significativamente mais alto do que em humanos modernos. O maior gasto metabólico de Lucy durante a locomoção impedia que ela se mantivesse em movimento por longos períodos, tornando-a incapaz de praticar a caça persistente.

Adaptações musculares e comparação com os chimpanzés

A diferença entre os Australopithecus e os humanos modernos não está apenas nas proporções dos membros ou na capacidade de andar ereto, mas também na estrutura muscular. O músculo da panturrilha e a presença do tendão de Aquiles, uma característica marcante nos humanos modernos, contribuem para uma corrida mais eficiente.

Ao contrário dos chimpanzés, que compartilham algumas semelhanças anatômicas com os Australopithecus, os humanos possuem fibras musculares mais eficientes para corrida, o que permite longos períodos de atividade física sem o elevado custo energético observado em nossos ancestrais primitivos.

Dúvida sobre a caça ativa

Até algumas descobertas recentes, pensava-se que os Australopithecus tinham um acesso secundário à carne, ou seja, se alimentavam das carcaças deixadas por predadores mais rápidos e eficientes.

Não possuíam a capacidade física de perseguir e matar presas ativamente, ao contrário das espécies do gênero Homo. Embora algumas evidências, como marcas em ossos, indiquem que eles tinham algum acesso a carne, a hipótese da caça persistente (onde o caçador corre atrás de sua presa por longos períodos) parece ser improvável para os Australopithecus.

Eles possivelmente dependiam de estratégias mais simples, como aproveitar carcaças ou caçar pequenos animais.

Corrida de resistência

O estudo das capacidades de corrida dos Australopithecus destaca uma diferença crucial no caminho evolutivo entre eles e os primeiros humanos do gênero Homo. Este último, com seu corpo mais adaptado à locomoção eficiente e sua habilidade para caçar de forma persistente, evoluiu para se tornar um predador muito mais eficaz.

O surgimento de um tendão de Aquiles mais longo e uma arquitetura muscular mais otimizada possibilitou que os humanos desenvolvessem habilidades de caça que eram totalmente inatingíveis para os Australopithecus.

Compreender as limitações e os avanços na corrida humana nos ajuda a traçar a linha do tempo da nossa própria evolução, destacando o quanto a capacidade de correr eficientemente foi fundamental para os nossos antepassados, tanto na caça quanto na fuga de predadores.

Leticia Florenço

Leticia Florenço

Filha da Terra da Luz, jornalista pela Universidade de Fortaleza (Unifor).

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