As autoridades de saúde na República Democrática do Congo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão mobilizadas para identificar a origem de uma doença misteriosa e conter a propagação do surto.
Isso porque, a enfermidade desconhecida está causando preocupação no país do continente africano, onde mais de 50 pessoas perderam a vida em cerca de dois dias, um período de tempo considerado muito curto.
50 pessoas morrem misteriosamente e OMS investiga casos
Segundo a OMS, os casos foram registrados na província de Equateur, localizada no norte do país, em comunidades remotas com acesso limitado a serviços médicos.
Os sintomas apresentados pelas vítimas incluem febre alta, dores musculares, vômitos e diarreia intensa.
De acordo com especialistas, a evolução da doença é extremamente rápida, levando muitos pacientes a óbito em menos de 48 horas após o início dos sinais clínicos.
As primeiras ocorrências foram notificadas no mês de janeiro em pequenos vilarejos, mas a disseminação da doença acelerou nas últimas semanas, aumentando a preocupação das autoridades sanitárias.
Entre as localidades mais atingidas estão as zonas de saúde de Basankusu e Bolomba, onde dezenas de casos foram confirmados de acordo com a OMS.
Segundo informações preliminares, um dos focos do surto pode estar relacionado ao consumo de carne de animais silvestres, situação comum na região.
Há relatos de que crianças de uma das comunidades afetadas adoeceram e morreram após ingerirem carne de morcego, tipo de alimentação que ocorre com frequência devido a escassez de alimentos e recursos do povo local.
No entanto, essa hipótese ainda está sendo investigada, e outros fatores, como a contaminação por água ou alimentos, também estão sendo analisados.
Investigações em andamento pela OMS e autoridades locais
Para esclarecer as causas da doença, equipes médicas e pesquisadores da OMS foram enviadas às regiões atingidas.
Os profissionais estão coletando amostras de sangue das vítimas para análise laboratorial, a fim de descartar ou confirmar doenças conhecidas, como meningite, febre hemorrágica e outras infecções endêmicas.
Até o momento, exames descartaram a presença do vírus Ebola e do vírus de Marburg, ambos responsáveis por surtos anteriores no continente africano.
Além da identificação do agente causador, as autoridades de saúde trabalham para controlar a disseminação do surto e garantir assistência médica às populações afetadas.
No entanto, os desafios são muitos, pois as áreas impactadas são de difícil acesso, o que limita a chegada de suprimentos e profissionais de saúde.
Enquanto as investigações continuam, especialistas alertam para a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica e adotar medidas de precaução para evitar novas mortes.
A OMS e o governo congolês seguem monitorando a situação de perto e reforçando os esforços para conter a crise sanitária.