Nos últimos meses, os brasileiros têm enfrentado dificuldades para equilibrar o orçamento diante do aumento expressivo dos preços dos alimentos.
Fatores climáticos, oscilações do mercado internacional e questões econômicas internas contribuíram para esse cenário desafiador.
No entanto, dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que nem todos os produtos seguiram essa tendência.
Um levantamento apontou que 43 itens tiveram redução nos preços nos últimos 12 meses, oferecendo opções mais acessíveis para as famílias de baixa renda.
43 alimentos que estão cada vez mais baratos
Apesar de a inflação dos alimentos superar a taxa geral do país, algumas categorias registraram quedas expressivas.
Produtos como hortaliças, legumes, frutas e peixes estão entre os que ficaram mais baratos.
Em contraste, itens essenciais como arroz, carnes e laticínios continuam puxando o custo das compras para cima, causando impacto direto no bolso do consumidor.
Especialistas explicam que a percepção de que os preços continuam elevados decorre do peso de determinados produtos na composição dos gastos familiares.
Carnes e laticínios, por exemplo, têm um impacto muito maior no orçamento doméstico do que frutas e hortaliças, mesmo que estes últimos tenham apresentado redução.
Abaixo está a lista dos 43 alimentos que ficaram mais baratos, segundo o IBGE, acompanhados da respectiva porcentagem de redução:
Alimento | Redução (%) |
---|---|
Batata-inglesa | -38,59 |
Cebola | -26,02 |
Maracujá | -24,22 |
Tubérculos, raízes e legumes | -23,26 |
Cenoura | -22,29 |
Repolho | -19,92 |
Feijão – carioca (rajado) | -17,77 |
Manga | -17,09 |
Pepino | -17,04 |
Pimentão | -14,44 |
Melancia | -13,77 |
Tomate | -13,4 |
Feijão – preto | -12,95 |
Pera | -10,06 |
Morango | -8,67 |
Peixe – pescada | -7,52 |
Banana-da-terra | -7,36 |
Milho-verde em conserva | -6,53 |
Banana – prata | -6,31 |
Peixe – palombeta | -5,97 |
Feijão – mulatinho | -5,96 |
Caldo de tucupi | -5,7 |
Peixe – tainha | -5,6 |
Fubá de milho | -4,81 |
Margarina | -4,24 |
Pepino em conserva | -3,67 |
Farinha de mandioca | -3,59 |
Peixe – anchova | -3,45 |
Peixe – sardinha | -2,76 |
Peixe – aruanã | -2,51 |
Cereais, leguminosas e oleaginosas | -2,33 |
Camarão | -1,93 |
Caranguejo | -1,93 |
Ovo de galinha | -1,91 |
Batata-doce | -1,73 |
Farinha de trigo | -0,79 |
Melão | -0,63 |
Alface | -0,48 |
Maionese | -0,45 |
Açúcar cristal | -0,39 |
Peixe – tilápia | -0,37 |
Salame | -0,32 |
Hortaliças e verduras | -0,17 |
Queda de preços de 43 alimentos
Os dados do IBGE mostram que alimentos de origem vegetal lideram a lista das maiores reduções nos últimos 12 meses no país.
A batata-inglesa teve a queda mais significativa, de quase 39%, seguida por cebola e maracujá, ambos com redução superior a 24%.
Outros itens essenciais, como feijão carioca e preto, também tiveram retração relevante, beneficiando consumidores que buscam alternativas mais econômicas para a alimentação diária.
Apesar das boas notícias, especialistas alertam que essa diminuição não representa necessariamente um alívio completo para os brasileiros.
Muitos dos alimentos que registraram queda têm peso menor no orçamento das famílias, enquanto aqueles que mais impactam os gastos, como carnes e laticínios, continuam em alta.
Ainda assim, a tendência de redução em alguns produtos pode representar uma oportunidade para que consumidores diversifiquem suas compras e busquem alternativas para manter uma alimentação equilibrada sem comprometer tanto o bolso.