Durante muitos anos, mas não há muito tempo atrás, a única estrutura de mercado de trabalho que conhecíamos era pautada em processos altamente rígidos e relações hierárquicas. Profissionais entravam em uma empresa e trilhavam um caminho que só poderia levá-los a um único lugar. Isso ainda faz algum sentido para você?
Certamente não, porque toda essa ideia vem se tornando obsoleta diante das transformações tecnológicas, sociais e comportamentais que já vivemos. Hoje, o cenário é de pessoas que têm uma nova perspectiva em relação a suas carreiras, desejam flexibilidade, possibilidades e protagonismo.
Por isso, quero te apresentar a tendência de carreira em nuvem, como ela promete maior agilidade, inovação e integração para as organizações e os desafios dessa nova mentalidade.
O que é a carreira em nuvem?
Ao ouvir o termo carreira em nuvem, muitos podem remeter a algo ligado a tecnologia, mas não. Contudo, se fizermos essa analogia, estamos falando de uma nova atitude, mais fluída, flexível, múltipla e inovadora.
Carreira em nuvem é um modelo não-linear, que implica aos profissionais uma atuação em projetos e equipes multidisciplinares, exercendo o protagonismo em suas jornadas.
Isso significa sair de uma posição de receber ordens e executar tarefas, atuando com autonomia, consequentemente, resolvendo problemas, desenvolvendo novas ideias/produtos e gerando resultados cada vez melhores para si e para as empresas.
Outro, é a importância da flexibilidade e mobilidade geográfica. Principalmente após a pandemia que acelerou e consolidou o home office, hoje o fato de ter que trabalhar presencialmente é um critério relevante para que um profissional aceite um emprego, por exemplo, e a tendência para esse modelo é crescente.
Em síntese, a ideia da execução pela execução abre espaço para uma geração de profissionais protagonistas, que criam suas próprias oportunidades, buscando realizar atividades que façam sentido com as suas ambições e objetivos de carreira e vida.
Os desafios que a carreira em nuvem para profissionais e empresas
A carreira em nuvem é algo que surge diante do conjunto das transformações vivenciadas nos últimos anos, é uma transição de cenários, formas de pensar e agir que ao mesmo tempo que é orgânica, impõe desafios como qualquer mudança.
Isso implica em um processo de adaptação do mercado. Confira alguns dos principais desafios:
O papel da liderança
Uma das principais rupturas da carreira em nuvem é com as relações de trabalho entre liderança e colaboradores pautadas em um sistema de dar e receber ordens.
O papel do líder nesse modelo é contribuir para que as pessoas consigam construir uma jornada fluida, através de diálogos transparentes, feedbacks, abertura para uma escuta ativa e tudo o que mais seja necessário para dar suporte a construção de times potentes.
Tudo isso, compreendendo a individualidade e a responsabilidade de cada um e desprendendo-se do presencial. A liderança deve ser o ponto de partida para a estruturação de uma jornada flexível e produtiva.
Cultura de protagonismo
Ser protagonista é criar as próprias oportunidades, ser responsável por sua jornada. Em termos de mercado de trabalho esse é um pensamento ainda muito recente, visto que estamos acostumados as empresas ditarem seus planos de carreira, em geral, com trilhas bem desenhadas e de única possibilidade.
Dessa forma é um grande desafio substituir tudo isso por uma cultura de protagonismo. Mas precisa ser feito, e o caminho é: apresentando ferramentas para que as pessoas possam construir seus próprios objetivos de carreira, discutir possibilidades e promover conhecimento acerca do desenvolvimento profissional e das transformações do mercado.
É importante que as pessoas saibam o que é esperado delas e o que as espera, bem como, o que elas podem fazer para conquistar cada vez mais espaço.
Menos hierarquia e burocracia
Estamos acostumados a um modelo organizacional altamente hierárquico, que tende a visar única e exclusivamente o interesse dos negócios. Mas e o interesse dos profissionais?
Está mais do que comprovado que o colaborador com maior potencial de gerar frutos positivos, é aquele que compartilha interesses e propósitos com as empresas.
Portanto, o modelo de trabalho em nuvem trilha por um caminho que diz muito mais sobre flexibilidade do que controle.Todos são responsáveis pelo sucesso de um projeto e a resolução de problemas deve ser simples e não burocrático. O resultado disso?
Um novo panorama de mercado, inovador, ágil, onde as pessoas se sintam bem e tenham autonomia para se desenvolverem.
E então, depois de tudo o que vimos, você diria que está em busca de construir uma carreira em nuvem?