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Um eleitorado feminino e maduro

Pitico Fernando Priamo
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Nossa cidade possui um colégio eleitoral constituído por 390.203 eleitores e eleitoras, de acordo com a divulgação do trabalho apresentado pelo Superior Tribunal Eleitoral. Temos a informação que 212.145 são mulheres e 178.051 homens. Em relação à faixa etária, a predominante é a que está entre as pessoas que têm entre 45 a 59 anos.

Há um sinal de envelhecimento nesse universo eleitoral, mesmo que, oficialmente, esse intervalo de idade não seja considerado como sendo o de pessoas idosas (a partir dos 60+), penso que se trata de um eleitorado maduro e majoritariamente dominado por mulheres. Características típicas de uma sociedade que caminha a passos largos para o envelhecimento de sua população. Isso, por si só, já demonstra que todas as plataformas políticas e narrativas públicas que serão apresentadas no período de propaganda eleitoral pelo (as) candidato (as) devem seguir nessa direção: falar para as mulheres e também para um público mais adulto, “quase” idoso.

Estamos a menos de 10 dias para conhecermos todos os candidatos e candidatas a prefeito (a) e vereador (as) da cidade. Penso que é interessante e necessário que vocês, caros leitores e leitoras, não deixem de votar no dia 6 de outubro. Vou repetir aqui o meu desejo de que você que tem 70 anos ou mais compareça à sua seção eleitoral. Saia de casa para votar. Antes disso, na campanha política, acompanhe bem de perto o seu candidato, a sua candidata.

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Se temos mulheres que estão com as mãos no envelhecimento, se faz urgente que as demandas delas se assemelham às das pessoas idosas e ganhem visibilidade nas eleições municipais. Esse também é o meu grande motivo para a produção dessa coluna de hoje: sensibilizar! Se os (as) candidato (as) não dirigem uma só palavra para o eleitor idoso, eu dedico aqui várias linhas e colunas sobre e para as pessoas idosas, porque, na realidade, sei também e reconheço que advogo em causa própria. Desejo também contribuir para a mudança da sociedade na expectativa de retirar o grupo de pessoas idosas do aposento da comunidade.

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Pessoal, eu acredito firmemente que é exercendo o voto nas urnas que podemos e devemos construir uma nova cidade, tanto no seu comando para o Executivo como para a formação do parlamento municipal. Entendo também que as mulheres, independentemente de faixa etária, assim como as idosas, devem levantar suas bandeiras de políticas públicas para o cenário político da cidade. Que tipo de cidade esse eleitorado deseja para si e para toda a comunidade?

Não tenho dúvida em afirmar, isso é uma constatação: a composição desse universo de eleitores demonstrado pelo TSE para o pleito de outubro sinaliza o que não é mais uma mera projeção estatística demográfica, é uma realidade a olhos vistos – o envelhecimento de nossa população com uma característica fundamental: a longevidade feminina. As mulheres vivem mais do que nós. Tanto faz, que seja aqui, em Porciúncula ou na China. Isso é uma realidade do mundo do envelhecimento.

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Não há como transformar a sociedade, se não for pelo voto. Não podemos perder mais uma chance para votar, pois a nossa jovem democracia nos oferece a definição de nosso (as) representantes. Esse eleitorado feminino e maduro está com o queijo e a faca nas mãos, no sentido de que tem todas as condições de fazer uma boa escolha no momento de seu voto, por ser predominante e por trazer sensibilidade, inteligência e visão de futuro, que podem contribuir para a criação de um novo patamar de civilidade em nossas relações sociais e novas esperanças para o futuro de nossa cidade.

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