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Centro de convivência e participação social

Pitico Fernando Priamo
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No início dessa semana, na segunda-feira, dia 17, o Pró-Idoso da Amac completou 36 anos de atenção pública e social a uma fração da população idosa da cidade. Fração porque a nossa população idosa extraoficialmente está contada para mais de 100 mil pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. O universo do envelhecimento é complexo e muito diverso. É com muito orgulho e alegria que compartilho com vocês, caros leitores e leitoras, ter participado de sua criação, junto a tantos outros colegas. Certamente, se fosse nominá-los aqui, correria o sério risco de cometer algumas omissões de nomes importantes, e isso não me deixaria bem comigo mesmo. Tenho todos e todas vocês na minha memória de gratidão.

E como estou me referindo a um programa social inscrito num ambiente público, nada disso aconteceria, se não fosse a sensibilidade humana e o compromisso político do ex-prefeito Tarcísio Delgado, que, numa tarde-noite do mês de junho, quando ainda tínhamos as demarcações climáticas, diferenciadas das estações do ano, em pleno inverno, formalizou a criação desse importante equipamento de convivência social para as pessoas idosas, dando assim um passo gigante em direção ao futuro, indo ao encontro rápido do envelhecimento da população brasileira, que logo viria, bem como o envelhecimento acelerado de juiz-foranos e juiz-foranas que vivem na bela “Princesa de Minas”. De lá para cá, estamos vivenciando o acelerado envelhecimento do mundo, do nosso país e da nossa cidade.

O Centro de Convivência do Idoso Dona Itália Franco recebeu esse nome em justa e merecidíssima homenagem ao ex-governador e ex-presidente Itamar Franco, que esteve presente à solenidade de abertura dos trabalhos no novo prédio – complexo Pantaleone Arcuri – sob uma arquitetura toda edificada nos moldes do que recomenda a literatura geriátrica e gerontológica. O espaço físico desse centro de convivência é um dos mais belos do país. Foram considerados critérios de segurança e bem-estar, entre outras realidades.

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E para que ter um centro de convivência para pessoas idosas na cidade? Primeiro, por se tratar de uma dívida social que a cidade tem com quem muito fez por ela e que pode e deve continuar fazendo – dívida social que o país tem com sua população idosa, diga-se, de passagem. Uma outra justificativa é que a existência do centro de convivência retarda ou prorroga por um máximo de tempo possível a institucionalização de algumas pessoas idosas, aquelas que não têm um forte vínculo familiar e social (a maioria?). E também através da participação diária no centro de convivência, algumas pessoas idosas podem atuar na vida da cidade, como, por exemplo, em fóruns coletivos como: o Conselho Municipal, Comissão da Câmara Municipal e a Câmara Sênior.

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Acredito, e aí é, uma crença pessoal, que essas pessoas idosas, mobilizadas e empoderadas, têm tudo para contribuírem na construção de uma nova cidade para uma nova velhice. E eu já percebo os ventos da mudança, os sinais do tempo. Imaginem se o bloco carnavalesco “Recordar é Viver” muda o seu enredo e deseja criar um outro bloco para lutar e garantir o cumprimento do Estatuto da Pessoa Idosa na cidade?

Não há dúvida de que, passados mais de 30 anos de existência, o Pró-Idoso hoje é um patrimônio/equipamento social e cultural da cidade.

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Desejo que outros espaços sociais de convivência, tendo o Pró-Idoso como referência, sejam criados pela comunidade, principalmente nos bairros da cidade e na zona rural, por exemplo. A solidão tem cura – essa condição psicológica e mental que atinge a todas as idades – atualmente -, nesse mundo tão virtual e líquido de perda de contatos sociais, de carne e osso.

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