O tipo mais comum de incontinência urinária é o de esforço, que ocorre, em geral, quando a pessoa ri, tosse, espirra ou faz algum esforço físico, como levantar peso. Em fases iniciais, o tratamento pode ser complementado com fisioterapia pélvica, podendo até evitar a cirurgia. Já em situações que se tornam mais graves, ou que persistem após o primeiro tratamento, a cirurgia é oferecida com ótimos resultados.
Atitudes como perda de peso, uma assistência adequada ao trabalho de parto, evitar o uso de fumo e esforços repetidos que não tenham um bom reforço do assoalho pélvico são medidas importantes para evitar esse problema.
Outro tipo de incontinência urinária é o de urgência. A pessoa tem vontade de urinar, mas a bexiga não dá aviso prévio. O primeiro aviso já vem acompanhado de um desejo forte de urinar e a pessoa, muitas vezes, acaba perdendo urina antes de chegar ao banheiro.
Neste caso, o tratamento geralmente é clínico, incluindo cuidar o tipo e a quantidade de líquido que a pessoa toma, evitar cafeína que também piora esse tipo de sintoma, e a fisioterapia pode entrar no tratamento. Há ainda medicações orais que regulam a bexiga. Os procedimentos cirúrgicos são a última solução, envolvendo toxina botulínica e implante de um tipo de marca-passo para controlar a bexiga.
O envelhecimento também é um dos fatores que podem provocar a incontinência urinária, pela perda de colágeno que acaba deixando mais frágil a sustentação da bexiga e da uretra, principalmente nas mulheres. Entretanto, não se deve pensar que esse é um evento natural da velhice. Outros fatores são os partos, histórico familiar. Quanto maior o número de partos, em especial os vaginais, eles podem aumentar a chance da incontinência urinária de esforço, quando forem acompanhados de um aumento de peso exagerado. Por isso, é importante o acompanhamento pré-natal. Em termos de histórico familiar, que tem mulheres que sofrem desse problema, que a menopausa pode piorar. Problemas de próstata e problemas neurológicos, como doença de Parkinson, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral, estão ligados à incontinência urinária.
Alguns medicamentos, como os diuréticos, podem contribuir para esses sintomas, porque aumentam a sensação de urgência para urinar, além de pessoas que fazem atividades físicas de alto impacto. No caso das mulheres, elas têm que trabalhar o assoalho pélvico para prevenir esse tipo de ocorrência.