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Baependi – circuito das águas e mesa farta

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Baependi foi batizada com o mesmo nome do rio que corta a cidade e que é um termo oriundo do tupi mba’eapiny, que significa “rio do monstro marinho”. Antes da chegada dos europeus, a partir de 1601, a região era habitada pelos índios puris, segundo relato dos moradores mais antigos. Durante o Ciclo do Ouro, em Minas Gerais, bandeirantes que partiram de Taubaté, em São Paulo, transpondo a Serra da Mantiqueira, alcançaram a região, erguendo as primeiras edificações.

Os primeiros europeus residentes investiram na criação de gado e na agricultura, com grande ênfase à lavoura de tabaco, que tornou Baependi um centro produtor da Província de Minas Gerais. A produção de tabaco representou importante fonte de riqueza até meados do século 19. Atualmente, a economia do município é diversificada, baseada na agricultura, comércio, artesanato e turismo.

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Aquicultura

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Com inúmeras cachoeiras, a cidade integra o Circuito das Águas e do Caminho Velho da Estrada Real e está sendo reconhecida como importante produtor de trutas naquela região. Embora a Tilápia ainda seja o principal produto da aquicultura mineira, a truta está despontando neste mercado. A produção de Minas só fica atrás da de Santa Catarina.

Foto: Claudia Figueiredo

Azeite

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Em Baependi ainda há produção de azeites extravirgem, no bairro do Gamarra, sem uso de agrotóxicos. Desde 2007, cerca de uma dezena de olivicultores apostam no plantio de azeitonas. A Serra da Mantiqueira, que fica a 1,3 mil metros de altitude, é o ambiente ideal para o desenvolvimento dessas árvores, que precisam do frio para se desenvolver. Com 3.500 pés de oliveiras das variedades Arbequina, Koroneiki, Grappolo e Maria da Fé, o Vale do Gamarra, por exemplo, adota o manejo agroecológico, com colheita manual e extração artesanal.

Foto: Divulgação

Curiosidades

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Com o sugestivo nome de Bar Nunca Fecha, o estabelecimento cumpriu a palavra por muitos anos, porém, com a transferência da gerência para herdeiros da família, o bar passou a ter hora para abrir e fechar.

A ilustre moradora de Baependi, Maria Emília Ferreira Meirelles, mais conhecida como Miloca, é a guardiã das tradições culinárias da família. Graças às receitas que conhece, ganhou um concurso de culinária, no ano de 2008, no Programa da Ana Maria Braga. O prato campeão foi “Nhoque da Vovó”, uma homenagem à neta que é uma das principais degustadoras de suas criações.

Miloca, ao lado da irmã Dona Marita, recebe os turistas para um Café Colonial servido na Fazenda São José da Vargem. A fazenda centenária com seus janelões guardam histórias de sete gerações da família Meirelles. Com 19 cômodos e 35 janelas, as visitas devem ser agendadas.

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Cachoeiras

Com quedas d´água de várias alturas, as águas das cachoeiras são sempre convidativas para o banho. Uma das mais famosas e bastante frequentada é a do Espraiado do Gamarra, a 14 quilômetros do Centro de Baependi. O acesso se dá por uma estrada de terra, mas condições de tráfego. O local tem vários poços e praias, um bar e é muito frequentado por famílias com crianças.

A Cachoeira de Itaúna é também bastante visitada por causa do acesso fácil. Há dois bares no local e muitas árvores que propiciam frescor em dias mais quentes. As quedas formam degraus onde é possível reclinar e sentir a água batendo nas costas, porém, há risco de quedas e, por isso, o cuidado deve ser redobrado.

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Fotos: Claudia Figueiredo
Cachoeira de Itaúna

A Cachoeira do Juju também é recomendada pelos nativos devido a sua beleza. Porém, é a mais distante da cidade, a 34 quilômetros do Centro. O acesso costuma ser difícil, mas seus 130 metros de queda impressionam os turistas.

Há ainda as cachoeiras do Moinho, do Caixão Branco, do Pacote e do Cavalo Baio.

Nhá Chica

Baependi ficou famosa após a beatificação de Nhá Chica, uma mulher filha e neta de escravos que nasceu no povoado de Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João Del Rei, em 1810. Ainda criança, sua família mudou-se para Baependi, onde viveu até 14 de junho de 1895. Batizada como Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica passou a vida fazendo caridade e reunindo doações para construir a Capela de Nossa Senhora da Conceição, onde hoje funciona o Santuário da Conceição. Sua beatificação aconteceu em 4 de maio de 2013, após longo processo na Igreja Católica. Nhá Chica tornou-se a primeira leiga e negra brasileira a ser declarada beata pelo Vaticano.

Hospedagem

Há várias opções de hospedagem na cidade, uma delas foi recém-inaugurada e fica em uma região mais afastada do Centro, na estrada que liga Baependi a Caxambu, com o sugestivo nome de Pousada Condado Santa Maria. No local em que havia uma fazenda, o proprietário, Petrônio Niconiello, ergueu a pousada cuja sede é um casarão inspirado nas antigas construções do período colonial. Arquiteto e bom de papo, Petrônio tem especial interesse em colecionar obras seculares e expô-las nos salões de sua propriedade. No terreno, ele construiu uma espécie de vila, com apartamentos amplos e bem decorados para receber os hóspedes. Todos têm área verde nos fundos, como se quintais fossem. O local é extremamente silencioso e possui uma mata com algumas árvores frutíferas. A pousada recebe também grupos maiores que podem usufruir da área de churrasqueira e fogão à lenha. O café da manhã é típico de uma cidade mineira, com pães de queijo, biscoitos de polvilho, bolos, queijos, frutas e sucos variados.

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Na Cozinha com Claudinha

Macarrão ao molho bechamel harmonizado com Cerveja Antuérpia Belgian Tripel

Ingredientes

3 colheres (sopa) de manteiga

3 colheres (sopa) de farinha de trigo

1 litro de leite

1 pitada de noz-moscada ralada na hora

Sal e pimenta-do-reino (moída na hora) a gosto

500g de macarrão cozido

Modo de preparo

Numa panela média, coloque a manteiga e leve ao fogo baixo.

Quando derreter, acrescente a farinha de trigo e mexa até ficar levemente dourado.

Retire a panela do fogo e, batendo sem parar, vá acrescentando o leite.

Mexa vigorosamente e volte a panela para o fogo.

Aumente o fogo para médio e continue mexendo, sem parar, até ferver. Abaixe o fogo, tempere com sal, pimenta-do-reino e noz-moscada.

Deixe cozinhar por cerca de 12 minutos, mexendo de vez em quando, até engrossar um pouco (o molho deve ficar ainda líquido, pois vai hidratar a massa e engrossar durante o cozimento no forno)..

Depois é só agregar ao macarrão já cozido e harmonizar com a Cerveja Antuérpia Belgian Tripel

 

A Cerveja Antuérpia Belgian Tripel é mais alcoólica (8,6% Vol. | IBU 35 |) e rica em aromas frutados, leva três vezes mais malte em sua preparação, leveduras belgas e lúpulos especiais. Além da massa ao molho bechamel ou carbonara, essa cerveja harmoniza muito bem com escargot, polvo, aspargos, codorna, coelho, carne de avestruz, risotos leves e até mesmo as tradicionais azeitonas. Sirva entre 5ºC / 6ºC.

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