Ícone do site Tribuna de Minas

Escolas Cervejeiras | Escola Americana

PUBLICIDADE

Fala, canequeiros!

E vamos com tudo ao sétimo post da série Escolas Cervejeiras! Prepare o inglês porque hoje vamos falar sobre a escola americana. Uma escola polêmica, pois muitos tradicionalistas não a consideram beeem uma escola cervejeira. Mas, de qualquer forma, não dá para negar a importância dos Estados Unidos na produção de cerveja, principalmente por ser o responsável pela recuperação de estilos clássicos. Além, claro, do protagonismo deste país quando o assunto é vendas em escala mundial.

PUBLICIDADE

Como de praxe, vamos começar com história. Voltamos há uns séculos atrás, quando o território dos Estados Unidos ainda não se chamava Estados Unidos. Antes da colonização britânica, as tribos nativas daquela região já produziam uma bebida fermentada, que se aproximava à cerveja, usando ingredientes locais como o milho. A influência britânica no período de colonização levou a cultura cervejeira às terras norte-americanas, e esta não se extinguiu com a independência das treze colônias. Muito pelo contrário, novas cervejarias foram surgindo, o que fez com que os EUA tivessem 4000 cervejarias já em 1873.

PUBLICIDADE

Tudo muito bom até aí, não fosse uma pedra no caminho dos cervejeiros americanos. A Lei Seca de 1920 (e não estamos falando “se dirigir não beba”) proibiu o consumo e a produção de bebidas alcoólicas durante 13 anos. Um tempo muito difícil para as cervejarias. As poucas que sobreviveram não utilizavam álcool em suas cervejas ou funcionavam para a produção de outras bebidas, como sucos e refrigerantes. A Lei Seca acabou em 1933 e, a partir daí, as cervejas americanas puderam ir para o alto e avante novamente.

As cervejas da escola americana são responsáveis por inovar os estilos já existentes em outras escolas, os quais já falamos nessa série.  Em geral, são cervejas mais amargas, mais alcoólicas, mais encorpadas, mais robustas e com ingredientes mais incomuns. Americanos são grandes produtores de lúpulo, e por isso o uso abundante deste ingrediente. Também são fãs de amargor e de sabores cítricos.

PUBLICIDADE

Para dar nome às cervejas americanas, é comum que se coloque a palavra American antes do nome original de cada estilo. Vamos então conhecer estas “Americans”?

PUBLICIDADE

 

American Lager 

Estilo popular que predominou por décadas, gerando muita concorrência internacional. É uma cerveja pálida, com coloração amarela clara e espuma pouco persistente. Corpo e amargor de baixo para médio, sabor neutro com toque granulado ou de milho. Se a gente for comparar com as tradicionais Pilsners europeias, a American Lager apresenta menos sabor, lúpulo e amargor.

PUBLICIDADE

American IPA

Cerveja que é a moderna interpretação do tradicional estilo inglês. A American IPA é amarga, tem sabor lupulado de médio a alto e aroma intenso de lúpulo, com muitas versões secas que podem ter um aroma adicional de lúpulo fresco. Sua coloração varia do ouro médio a âmbar avermelhada claraa espuma é persistente e o corpo é médio com textura suave.

Pumpkin Ale

PUBLICIDADE

As cervejas de abóbora do Halloween. Se você é fã da cultura estadunidense, com certeza já ouviu falar delas. As abóboras se tornaram ingrediente para fornecer o açúcar necessário à fermentação quando não havia a quantidade necessária de malte. As Pumpkin Ales costumam ser feitas com pedaços de abóbora, ou doce de abóbora, e geralmente contam com outros ingredientes como canela, pimenta, cravo, noz-moscada, casca de laranja e coentro. Possui baixo amargor e pouco sabor e aroma de lúpulo.

California Common

Também conhecido como Steam beer, o estilo foi fabricado pela primeira vez na cidade de São Francisco, Califórnia, daí o nome California Common. É levemente frutada, de sabor tostado e de caramelo com características rústicas do lúpulo americano. Coloração âmbar média; leve aroma frutado e de lúpulos rústicos.

 

E aí, deu pra sentir o gostinho das cervejas americanas? O próximo post da série é sobre meu Brasil brasileiro. Vou falar sobre cervejas brasileiras e as tradições de produção que temos desenvolvido aqui. É sobre a nossa terra, sobre as brejas que tomamos dia a dia nos bares BR. Ficou animado? Então não perca o próximo post!

E lembre-se: beba com moderação e respeite a Lei Seca brasileira.

Sair da versão mobile