Muitas crianças têm apresentado dificuldades na alfabetização. Parece que não estão prontas para esse novo mundo, letrado; algumas não demonstram interesse pela descoberta dos símbolos contidos nos livros, outras têm dificuldades em integrar e dar significado às sílabas e letras, apesar de discriminá-las, negando-se à mudança de status que os pais as colocaram…
Muitas famílias têm prolongado o uso da chupeta e da mamadeira: esta é uma das causas!
Existe uma estreita relação entre a manutenção da chupeta e da mamadeira e a dificuldade na alfabetização!
Estes objetos cumprem um papel muito importante no período sensório motor, que vai dos 0 aos 2 – 3 anos. Nessa fase a inteligência trabalha com as percepções (sensório) e com a ação (motor), tendo a boca como importante instrumento de aprendizagem e representação , porque, através dela, as crianças descobrem o mundo e experimentam sensações de prazer , segurança e calma .
Porém ,a permanência além da idade prevista por estudiosos, pode provocar trocas articulatórias na linguagem, fala infantilizada, modificação na posição dos dentes, comportamento imaturo, atraso no processo de leitura e escrita, intolerância à frustração, dependência com objetos e o não querer crescer.
Aprender a ler e a escrever representam um rito de passagem, uma transição entre a dependência e a autonomia, a fantasia e a realidade; significa ato de compreensão e maior domínio do espaço e de si mesmo, participação em um processo bidirecional: possibilidade de transformação do texto (mundo) concomitante à própria transformação.
Faz parte do processo natural de alfabetização o querer amadurecer e mudar, o desejo da criança de sair de determinada posição para outra, superior. Esse movimento retrata saúde psíquica e volitiva e, por isso, é capaz de gerar desenvolvimento e aprendizagem..
Então, a dica importante é:
Não é saudável continuar a usar a chupeta ea mamadeira após os 3 anos. A experiência tem mostrado que não são os filhos, mas os pais que querem manter esses hábitos. O entendimento deve começar pelos adultos para chegar a provocar mudanças ( desenvolvimento e aprendizagem) nas crianças.