Suplementos alimentares são preparações que tem por finalidade complementar a alimentação dos indivíduos, fornecendo nutrientes como vitaminas, minerais e outras substâncias, para prevenir ou tratar alguma deficiência, ajudando no equilíbrio do organismo.
Os alimentos hoje em dia já não são tão nutritivos como antigamente. Com as técnicas de plantio, uso de agrotóxicos, exaustão do solo, armazenamento, cozimento, os alimentos perdem muitos nutrientes e mesmo que tenhamos uma alimentação equilibrada em grãos integrais, legumes e vegetais, não conseguimos todos os nutrientes necessários para termos uma boa saúde.
É importante destacar que o uso de suplementos varia, de acordo com as necessidades e objetivos de cada um e também com a faixa etária. Por exemplo, crianças precisam de nutrientes para otimizar o crescimento. Então, têm que usar cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B, proteínas. O adolescente precisa de vitamina A, vitamina C, vitaminas do complexo B, ferro, cálcio, selênio e iodo. O adulto precisa de ômega 3,colágeno, vitaminas C, D, zinco, selênio. O idoso a gente tem que dar uma olhada especial no cálcio, no ferro, na vitamina D, nas proteínas. E quando a pessoa faz uma atividade física ou esportiva, a necessidade aumenta.
Os suplementos alimentares, além de serem usados como complementos na alimentação, também são usados para melhorar o desempenho físico, aumentar a massa muscular, diminuir a quantidade de gordura corporal ajudando a definir o corpo, aumentar ou diminuir o peso, aumentar a função (desempenho) sexual e também aumentar a energia.
Podemos observar que nas últimas décadas houve uma explosão na oferta e na procura desses suplementos. Para se ter uma ideia, nos EUA, o número de produtos disponíveis nos mercados, nas farmácias, ou lojas online saltou de cerca de 4 mil em 1994, para um número estimado entre 50 mil e 80 mil em 2021 . O mercado de suplementos dietéticos está projetado para gerar cerca de US$57 bilhões em receitas até 2024 nos EUA. Esses suplementos são consumidos regularmente por 80% dos adultos norte-americanos e cerca de 9% das crianças com idades inferiores a 1 ano. Porém, é importante destacar que o uso sem orientação médica pode trazer alguns problemas. Um estudo da Universidade de Harvard, de 2019, acompanhou jovens de 0 a 25 anos de idade, e apontou que os que usavam suplementos para aumentar a massa magra a energia e perda de peso, apresentavam um risco maior para eventos médicos mais graves, que incluíam invalidez e até a morte.
Uma das preocupações é em relação à qualidade dos produtos, que podem conter substâncias tóxicas, como chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio e a substituição de componentes por alternativas mais baratas, de menor qualidade. Já foram encontrados suplementos alimentares com rótulos enganosos, que contém produtos farmacêuticos não declarados como esteróides e outros ingredientes que podem causar várias complicações, como: diarreia crônica ou constipação, desidratação, hipocalemia, que é a diminuição do potássio no sangue, acidez metabólica, arritmia cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal ou hepática, alteração da pressão arterial, cefaléia, náuseas, convulsões, insônia, ansiedade, irritabilidade, câncer de testículo e até mesmo a morte.
Com isso, é importante frisar que a maioria das pessoas que usam esses suplementos não têm consciência dos riscos de saúde associados ao consumo desses produtos. Como citei anteriormente, a suplementação pode ser usada, entretanto, é necessário fazer uma avaliação como seu médico para que ele possa avaliar e prescrever o melhor suplemento para atender às suas necessidades.