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‘Junk food’ pode aumentar chances de desenvolver depressão

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A depressão é uma doença que causa muito sofrimento e a tendência não é nada animadora, em função de vários fatores da atualidade como o estilo de vida, sedentarismo, isolamento social, predisposição genética, estresse, condições geográficas ou climáticas, e alimentação. Os sintomas de depressão são diversos, entre eles: angústia, ansiedade, cansaço, desânimo, apatia, perda de interesse ou prazer pela vida, insegurança, dificuldade de concentração, problemas sexuais e baixa autoestima.
 
Recentemente, uma publicação na prestigiada Revista Nature, seção Molecular Psychiatry, salienta que a ingestão com frequência dos alimentos classificados como junk food, e também fast food, podem aumentar as possibilidades de as pessoas desenvolverem depressão, uma doença que, segundo estimativas, afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Ainda segundo o artigo, a depressão é uma das principais causas de afastamentos e incapacidade para o trabalho, com um custo estimado em um trilhão de dólares em perda de produtividade por ano. Certamente, um enorme prejuízo para toda a humanidade.
 
Para os pesquisadores, os componentes do junk food e fast food podem causar inflamação sistêmica no organismo. Por isso, não pense que somente o intestino e o estômago serão afetados; o cérebro também será prejudicado e de forma bem problemática. O efeito é tão danoso que a inflamação afeta o nosso organismo na intensidade parecida ao tabagismo, obesidade, poluição e sedentarismo. E, ainda é preciso destacar que uma dieta rica em produtos processados (açúcares ou carboidratos refinados) está associada ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, cardiopatias, obesidade e câncer.
 
Sendo assim, a prevenção é o melhor caminho a ser seguido. Evite situações de estresse, mantenha uma prática regular de exercícios físicos, cultive boas relações interpessoais, separe um tempo para o lazer, viagens e eventos culturais. Procure um médico especialista e adote uma dieta bem equilibrada, rica em nutrientes e que sirva para proteger, manter sua saúde e proporcionar uma qualidade de vida.
 
No caso da prevenção e combate à depressão alguns alimentos podem ajudar, tais como: carnes, peixes, ovos, castanhas, abacate e banana, que fornecem triptofano e ômega 3; abacate, amêndoas, contêm magnésio; espinafre, couve manteiga, ameixa, contêm vitaminas do complexo B. A vitamina C, antioxidante, pode ser encontrada na acerola, goiaba, abacaxi e limão. A castanha do Brasil é rica em selênio, que ajuda na modulação do ânimo, e alguns alimentos participam da produção da dopamina e serotonina, como é o caso dos ovos, peixes e linhaça.
 
E vamos reforçar bem que se deve evitar refrigerantes, bebidas alcoólicas em excesso, fast-food, alimentos ricos em açúcar, gorduras trans e frituras, pois provocam alterações na vascularização, aumento do estresse oxidativo e resistência insulínica, e inflamação.
 
Embora a tendência dos hábitos alimentares não seja muito boa, se tomarmos consciência dos problemas relacionados a isso e buscarmos boas práticas e mudanças consistentes, teremos melhores condições de vida, redução significativa de custos, aumento de produtividade e, por fim, ganhos para toda a sociedade.
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