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Fumantes estão consumindo mais tabaco durante a pandemia, aponta pesquisa

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Uma pesquisa realizada pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, apontou que os fumantes estão consumindo mais tabaco durante a pandemia causada pela COVID-19. O estudo foi feito on-line com cerca de 800 fumantes americanos usuários de cigarros, cigarrilhas, charutos e cigarros eletrônicos. As causas para o aumento do consumo envolvem estresse, ansiedade e o tédio ocasionados pelo isolamento social.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado no dia 29 de agosto e é muito importante entendermos os perigos deste tipo de consumo. O tabagismo é responsável por 6 milhões de mortes por ano no mundo e, no Brasil, ele mata mais de 200 mil brasileiros todos os anos. Ele sozinho mata mais do que o alcoolismo, a heroína, a AIDS, o suicídio e os acidentes de trânsito juntos, e é a principal causa de morte evitável.

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O cigarro eletrônico foi criado para as pessoas que gostariam de parar de fumar o cigarro tradicional. Ele funciona como os adesivos e chicletes a base de nicotina, mas a diferença está na simulação do ato de fumar. Sua composição mistura água, álcool, glicerina, nicotina e aromas. Porém, estudos publicados por cientistas de Londres e da Dinamarca apontam que esse tipo de cigarro aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a formação de placas nas artérias, propiciando o aparecimento de doenças cardiovasculares como o infarto agudo no miocárdio.

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Durante séculos o tabagismo foi considerado elegante e saudável, inclusive sendo prescrito por médicos e aparecendo em anúncios publicitários na TV como algo que gerasse sucesso e fosse glamoroso. Hoje sabemos que o ato de fumar é uma doença crônica e é fator de risco para cerca de 50 patologias, como bronquite, enfisema pulmonar, infecções respiratórias, câncer de pulmão, aneurismas, doenças cardiovasculares, trombose e um dos causadores de cólicas fortíssimas durante a menstruação. Além disso, o uso do tabaco é um fator de risco importante no desenvolvimento de complicações do novo coronavírus.

O cigarro causa ainda menopausa precoce, câncer de útero, infertilidade e baixo desempenho sexual masculino. Grávidas que fumam aumentam a incidência de aborto, parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e atraso no desenvolvimento mental e motor da criança. Um estudo feito pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostra que o uso do cigarro diminui o QI e deixa o pensamento mais lento.

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O tabagismo é causa primária de 30% de todos os cânceres existentes e dados apontam que 20% dos fumantes terão câncer de pulmão. Aliás, este tipo de câncer é o tumor que mais mata no Brasil, sendo fumantes 90% dessas pessoas. Além disso, o fumo favorece o envelhecimento precoce, aumenta a incidência de rugas, flacidez e celulite.

A alimentação pode ajudar no processo de quem deseja parar de fumar. Deve-se evitar o consumo de alimentos que propiciam a vontade pelo tabaco, como o café, as bebidas alcóolicas, os refrigerantes a base de cola, as frituras, os embutidos, os doces e as carnes vermelhas, e fazer uso de comidas que interferem no sabor do fumo como as frutas cítricas ricas em vitamina C, o alho e as verduras – principalmente o brócolis. A água gelada também ajuda a deixar o cigarro menos atraente, pois deixa um gosto ruim na boca.

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Quem está passando por esse processo normalmente utiliza balas para suprir a vontade de recorrer ao cigarro. Uma boa opção é substituir essas balas por sementes de abóbora que além de proporcionar o mesmo efeito, é mais saudável. Uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras, legumes e alimentos naturais é excelente para modificar o paladar e diminuir a vontade de consumir a nicotina. Alguns alimentos, como o gengibre, a canela em pau, o cravo e a cenoura, também são bons para amenizar o nervosismo causado pela abstinência da substância.

Essa abstinência pode causar cefaleia, tremores, ansiedade, aumento do apetite e diminuição da concentração. O ideal é que além de uma alimentação equilibrada, a pessoa faça acompanhamento psicoterápico e, se for o caso, utilizar medicações para diminuir esses sintomas. Vale lembrar que o uso do cigarro causa um impacto muito grande na saúde e também nas finanças do consumidor, pois além do gasto com o produto, há o gasto com as doenças provocadas por ele.

 

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