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Café em excesso está associado ao volume cerebral reduzido

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Uma pesquisa realizada pela University of South, na Austrália, mostra que o alto consumo de café está associado ao volume cerebral reduzido e a um maior risco de demência. Foram avaliados 17.702 pessoas, com idades entre 37 e 73 anos, e os que beberam mais de seis xícaras de café por dia, tinham um risco 53% maior de doenças cerebrais como demência e derrame. Outro estudo publicado na “Revista Cerebral Cortex” aponta que os volumes de massas cinzentas no cérebro diminuíram após o uso regular de cafeína, mas aumentaram depois de dez dias de abstinência.

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É preciso ficar atento a esses dados. Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Café, houve um grande aumento de seu consumo, com isolamento social, home office e aulas online. As pessoas estão lançando mão do café em maior quantidade e o uso exagerado pode causar: nervosismo, ansiedade, palpitação, insônia, desconforto gastrointestinal, alteração do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial e inquietação. Além disso, a cafeína inibe a absorção de ferro e aumenta a excreção urinária de cálcio, razão pela qual ela deve ser usada com moderação e/ou até evitada por crianças, grávidas, idosos, pessoas com anemia e osteoporose.

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Entretanto, é preciso destacar que tomar café é um ato de socialização e interação com as pessoas. Aquela pergunta, “vamos tomar um cafezinho?” É sempre um momento de descontração, dar uma pausa e jogar conversa fora. Vários estudos mostram os benefícios do café, que é a segunda bebida mais consumida, perdendo somente para a água. O fato de sentir o cheiro do café pela manhã já deixa a pessoa mais alegre.

O café tem uma ação antioxidante, auxilia no fortalecimento da imunidade, possui minerais (fósforo, magnésio, manganês, cálcio, potássio, boros, zinco), vitaminas (ácido fólico, tiamina, niacina), além da ação termogênica, o que o torna um forte aliado na prática de exercícios e no processo de emagrecimento. Ele também tem ação analgésica, anti-inflamatória, antigripal, digestiva, diurética, estimulante e excitante.

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Uma pesquisa da Universidade Harvard mostra a ação antidepressiva do café, devido ao aumento da produção de neurotransmissores como a serotonina, dopamina e noradrenalina. Ele melhora a atenção, concentração, ajuda a prevenir o declínio mental que surge com o envelhecimento, melhora a memória de longo prazo, diminui a incidência de Parkinson, Alzheimer, fadiga, stress e ajuda na prisão de ventre.

Uma pesquisa na Dinamarca revelou que o café diminui a glicose e melhora a resistência insulínica, devido à presença de cafestol – substância bioativa encontrada no café. Ele é um alimento funcional (que traz benefício ao organismo) e nutracêutico, que ajuda na prevenção e/ou tratamento de doenças. Vale destacar que a diferença do remédio para o veneno está na dose. O recomendado é tomar quatro xícaras pequenas de café fresco por dia (cerca de 200 ml no total). O ideal, também, é que ele seja coado na hora, pois após 15 minutos ele já oxida. Dê preferência ao café orgânico e sem glúten, pois algumas marcas acrescentam a cevada ao pó para baratear o custo.

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