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Segundo a Unicef, 1 a cada 3 crianças menores de 5 anos não cresce adequadamente

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O relatório Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, Alimentação e Nutrição,  (The State of the World’s Children 2019: Children, Food and Nutrition), aponta que: quase duas em cada três crianças entre 6 meses e 2 anos de idade não recebem alimentos capazes de sustentar o crescimento rápido de seu corpo e de seu cérebro, o que coloca em risco o desenvolvimento cerebral delas e as deixa sujeitas a dificuldades de aprendizagem, baixa imunidade, aumento de infecções e, em muitos casos, até a morte.

O relatório alerta que as práticas alimentares de baixa qualidade podem começar desde os primeiros dias de vida. A recomendação da OMS de que as mães devem alimentar seus bebês até o sexto mês de vida exclusivamente com o leite materno, é seguida por apenas 42% delas, por exemplo. E um número crescente de bebês recebe fórmula infantil, as vendas do produto à base de leite de vaca cresceram 72% entre 2008 e 2013 em países de renda média-alta, como Brasil, China e Turquia. A introdução alimentar, que deve ser feita a partir dos 6 meses, também tem sido inadequada. Em todo o mundo, quase 45% das crianças entre 6 meses e 2 anos de idade não são alimentadas com frutas ou vegetais, essenciais para o seu desenvolvimento.

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O documento também aponta que, à medida que as crianças crescem, sua exposição a alimentos não saudáveis, como salgadinhos, bolacha recheada, refrigerante, doces e fast food, se torna frequente, excessiva e preocupante. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, essa alta exposição, assim com o aumento do consumo das fórmulas infantis, é impulsionada pelo marketing e pela publicidade inadequados, pela oferta abundante de alimentos ultraprocessados nas cidades e nas áreas remotas, pelo aumento do acesso a fast-food e bebidas altamente açucaradas e por políticas e programas fracos para proteger, promover e apoiar a amamentação e a alimentação saudável na infância.

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