Deputada Delegada Ione visita país com redução recorde de homicídios
PUBLIEDITORIAL
Política de “guerra às gangues” reduziu crimes e recuperou economia em El Salvador
Membro titular da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, a Deputada Federal Delegada Ione (Avante) participou, na última semana, de missão especial a El Salvador, na América Central. Ela se reuniu com autoridades políticas e profissionais de Segurança Pública do país para entender como foi possível controlar e reduzir a criminalidade local em tempo recorde.
El Salvador, que já foi conhecido como a capital do homicídio das Américas, com uma das taxas de letalidade mais altas do mundo, passou por uma transformação notável nos últimos 20 meses. Nesse período, o presidente Nayib Bukele declarou estado de emergência para reprimir a violência das gangues, mobilizando os militares para as ruas. O governo também construiu uma “mega prisão” para deter milhares de criminosos.
As medidas conseguiram devolver a tranquilidade às ruas do país. Segundo pesquisas, 90% dos salvadorenhos apoiam a chamada “guerra às gangues”.
As famílias voltaram a ocupar locais públicos, inclusive à noite. As pessoas viajam de ônibus sem medo de assaltos. Pequenos comércios, que fecharam devido às extorsões, reabriram.
Para a Delegada Ione, o fato de El Salvador deixar de ser um dos países mais violentos do mundo para completar recentemente 300 dias sem homicídios chamou a atenção da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. “A proposta da nossa missão especial foi analisar in loco como esse processo foi estruturado e executado.”
A Deputada lembrou que pesquisas recentes em Minas Gerais colocam a questão da segurança entre as três maiores preocupações das pessoas. “Como delegada de polícia, sempre me interessei por novas iniciativas na área de segurança. Agora como parlamentar federal vejo como é necessário buscarmos respostas. Não podemos naturalizar a insegurança”.
A Delegada Ione explicou, no entanto, que não se trata de uma tentativa de importar para o Brasil o plano adotado em El Salvador. “São países muito diferentes sob todos os aspectos. Mas é preciso, sim, que algo se faça com base na realidade. Não dá para seguir repetindo fórmulas ultrapassadas. Não podemos seguir com as polícias sem estrutura para trabalhar”.