Documentário narra vida e martírio da beata Isabel Cristina, morta em Juiz de Fora
O filme ‘Isabel Cristina: uma história de martírio’ teve estreia neste domingo no canal do Youtube da produtora Lumine
A história de vida da beata Isabel Cristina, nascida em Barbacena, já chegou a diversas partes do mundo. A jovem, que foi morta aos 20 anos, vítima de um assassinato, foi declarada mártir pelo Papa Francisco em outubro de 2020 e beatificada em 10 de dezembro de 2022. Sua trajetória de vida, voltada para os valores cristãos, e a trágica morte, agora também viram tema de documentário produzido pela Lumine, um streaming católico. O filme ‘Isabel Cristina: uma história de martírio’ teve estreia neste domingo (22) no canal do Youtube da produtora.
Mais de 40 anos depois de sua morte, que aconteceu em 1982, Isabel Cristina tem sua história contada em cenas que mesclam o documentário e a ficção, com entrevistas com familiares e amigos da jovem, assim como encenações da vida de Isabel. Depoimentos de autoridades da igreja e informações sobre os últimos momentos da vida da beata também fazem parte do filme. Ela foi vítima do crime quando um homem foi montar um móvel em sua casa, em Juiz de Fora, e tentou violentá-la.
Detalhes menos conhecidos de sua vida também são mostrados, e a obra se aprofunda sobre a sua devoção aos santos e seus atos de caridade. Como Isabel Cristina defendeu os valores cristãos desde nova, logo que faleceu houve uma mobilização para reconhecer o seu mártir. No documentário, uma de suas amigas, Bernadete Andrada, afirma que “o martírio foi a cereja do bolo. A santidade de Isabel não está só no martírio de sangue, mas é o resultado de uma vida de entrega ao outro”.
Por isso, a ideia de fazer um documentário sobre a vida da mártir nasceu dentro da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena, cidade em que ela nasceu. Essa mesma igreja é a que ela e sua família frequentavam, e por isso a cidade esteve presente na mobilização para que o filme acontecesse. De acordo com Monsenhor Danival Milagres, pároco local, a ideia inicial do documentário surgiu pela primeira vez em uma conversa entre ele e o então agente da Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia, Gustavo Grossi, que percebeu toda a movimentação dos fiéis e a emoção que o processo de beatificação estava causando.
“Sabíamos que a população da nossa região estava engajada, mas faltava algo que pudesse contar essa história para todo o Brasil e, por que não, para o mundo; explorar os canais audiovisuais — sobretudo os digitais —, que têm um potencial infinito de impactar e converter as pessoas; fortalecer e dar um próximo passo no processo de canonização”, contou Gustavo.