Sem a minirreforma, partidos terão que mudar suas estratégias na formação de chapas

Como a minirreforma não terá eficácia em 2024, partidos terão que preencher suas chapas com 30% de mulheres

Por Paulo Cesar Magella

A rejeição da minirreforma eleitoral pelo Senado, que não votou o projeto no tempo hábil, levará os partidos a reverem sua estratégia. Pelo texto aprovado na Câmara, não havia a obrigatoriedade da cota de 30% das vagas destinadas às mulheres. No entanto, como a proposta não avançou no prazo de um ano de antecedência do próximo pleito, vale a regra que foi aplicada em 2022. E nem todos, na formação de chapas com antecedência, cumpriram a regra. Terão que rever sua lista de candidatos sob o risco de, em não o fazendo, serem multados pela Justiça Eleitoral.

Vereadores terão que esperar janela partidária para mudar de partido

Os partidos têm até julho para apresentarem sua lista de candidatos, mas a maioria já está com seu plantel definido por segurança, já que só os atuais vereadores terão que respeitar a janela partidária para mudarem de partido, e ela vai acontecer em abril. Mesmo assim, já estão com vaga reservadas nas legendas. Sabe-se que a mudança de partido será expressiva na Câmara Municipal.

Quociente eleitoral cai com a disputa de 23 cadeiras na Câmara

Pelas contas dos articuladores políticos, o quociente eleitoral, agora com base numa Câmara com 23 vagas, deverá ficar em 12.500 votos. Isto significa que esse número será emblemático para obtenção de uma vaga. Contando as sobras, para conseguir duas vagas devem ser necessários 18 mil votos. Para três, em torno de 25 mil votos. As estratégias são distintas. O PSB quer uma chapa com o maior número de vereadores possível, enquanto outros partidos não aceitam ninguém com mandato.

Negro Bússola se aproxima do Novo

Com mais de 5 mil votos nas duas últimas eleições sem, no entanto, conseguir um mandato, por causa do quociente eleitoral, o agente social Negro Bússola deve se filiar ao Novo. A dúvida é saber se o partido o quer para disputar uma vaga na Câmara ou a Prefeitura de Juiz de Fora. A legenda do governador Romeu Zema terá candidatura própria nas cidades com mais de cem mil habitantes e tem como meta eleger pelo menos dois vereadores em Juiz de Fora. Bússola já teria sido avisado pelo Rede Sustentabilidade que não haverá vaga no próximo pleito.

Charlles pode voltar ao PL para disputar a Prefeitura de Juiz de Fora

As fichas indicam que o ex-deputado Charlles Evangelista deve voltar ao PL para disputar a Prefeitura de Juiz de Fora, uma vez que o PP e o Republicanos – que esperava a sua filiação – ganharam postos no Governo, o que, no seu entendimento, pode ser um problema no convencimento do eleitor de direita. Por sua vez, o ex-deputado Isauro Calais, com a mesma pretensão, estaria se aproximando do Republicanos, mas ainda não ocorreram conversas formais.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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