Qual o futuro de Juiz de Fora?
“Este ano de pré-eleições municipais poderia ser a oportunidade do surgimento de um fórum permanente de debates sobre temas com significados estruturantes para o município (…)”
Já passados os festejos de 31 de maio, comemorando mais um aniversário de nossa cidade, retomamos àquela situação de perplexidade diante de um tempo presente de certa paralisia, numa cidade que já teve um passado de empreendimentos em todos os aspectos. Quando nos reportamos àquela cidade apelidada de Manchester Mineira, parece que voltando ao passado nos traz a sensação de melancolia.
Ao pesquisarmos nossa história recente encontraremos diversas iniciativas de políticos, empresários e demais lideranças da sociedade com o interesse de que o município renascesse. Mas estamos inseridos na região de baixo desenvolvimento, considerada entre as mais pobres de Minas, superando apenas a região do Vale do Jequitinhonha. E agora, com a exploração lá de lítio com robustas jazidas em processo de extração, poderá aquela região prosperar e deixar a Zona da Mata por último. Precisamos também alavancar a região.
Com a chegada do novo milênio, Juiz de Fora experimentou as mesmas peculiaridades das cidades médias brasileiras com o surgimento de empreendimentos na área de prestação de serviços: educação, saúde, entretenimento e lazer. Um novo ciclo de desenvolvimento se iniciava, mas com o protagonismo dos empreendedores privados, liderando as iniciativas, e o Poder Público, para não ficar a reboque, buscando parcerias com este segmento.
O Plano Estratégico do Município de Juiz de Fora (2000) na gestão do prefeito Tarcísio Delgado foi, à época, um esforço mobilizador da sociedade com um olhar para o futuro desta cidade, e, também, a intenção de o Poder Público Municipal de deixar de ser um coadjuvante na cena histórica. Deste esforço surgiu uma publicação sistematizando as intenções de lideranças da sociedade juiz-forana para o futuro. E com o passar de duas décadas faz-se necessária a sua atualização. Pelo menos temos neste plano um ponto de partida.
Então, o que fazer?
Este ano de pré-eleições municipais poderia ser a oportunidade do surgimento de um fórum permanente de debates sobre temas com significados estruturantes para o município (e região), de forma a impactar positivamente a eleição de prefeito e vereadores no ano que vem. Seria bom que esta iniciativa partisse de uma instituição com capilaridade na população, com isenção reconhecida e o desejo de contribuir com o avanço em todos os aspectos desta cidade.