Governo recomenda suspensão de cirurgias eletivas em todo o estado
Em Juiz de Fora, procedimentos já estavam interrompidos; situações de pacientes cardíacos ou oncológicos de maior gravidade são exceções
O Governo de Minas Gerais publicou, nesta quarta-feira (17), uma resolução que orienta a suspensão de cirurgias eletivas não essenciais em todo o estado. A determinação feita pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) já está em vigor. Em Juiz de Fora, tais processos já estavam interrompidos. A suspensão recomendada a todos os municípios mineiros, no entanto, não se aplica a processos relacionados a pacientes cardíacos ou oncológicos de maior gravidade.
De acordo com a SES, a medida será válida por 15 dias no âmbito estadual. Na terça, o Estado afirmou que a ação preventiva visa a evitar o esgotamento da rede pública de assistência. Na última semana, Minas registrou aumento de 3,2% no número de casos e 4,1% nos óbitos pela Covid-19, diz nota publicada pelo Governo.
O Estado reforça que a determinação amplia para todos os municípios mineiros a resolução da SES publicada no último sábado (13), que suspendeu as cirurgias não eletivas em sete macrorregiões mineiras e é válida para as redes pública e privada (contratada e conveniada com o Sistema Único de Saúde – SUS).
“A medida tem como objetivo minimizar a sobrecarga no sistema de Saúde para o atendimento de pacientes com Covid-19. A ação também vai permitir que a secretaria tenha mobilidade no planejamento estratégico de readequação e redistribuição de pacientes, equipes médicas e equipamentos para regiões em que a incidência da doença está maior”, afirma o chefe de gabinete da SES, João Pinho.
Questionada pela Tribuna, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) ressaltou a necessidade de manutenção da suspensão das cirurgias eletivas como uma das medidas adotadas pelo município no Plano de Contingenciamento da Covid-19, buscando a diminuição da propagação do vírus. “Entretanto, os casos de cirurgias oncológicas, cardiológicas, nefro/urológicas e neurocirurgias e situações em que os médicos reguladores considerarem mais graves estão sendo liberadas”, ressaltou o Município, em consonância com a resolução publicada pelo Estado. “A orientação é a mesma da Rede Pública e Conveniada, entretanto eles são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar”, pontua a PJF.
Desta maneira, a Prefeitura considera que o “novo posicionamento do Estado veio ratificar as orientações municipais”. Atualmente, a ocupação de leitos reservados para o tratamento da Covid-19 na cidade chega a 70% na rede pública e a 67% na rede privada. Assim, a ocupação geral de leitos de unidades de terapia intensiva destacados para o enfrentamento ao coronavírus era de 69,37% no boletim divulgado pela PJF nesta quarta-feira.