Potencial construtivo pode ser saĆ­da para bens tombados

Por Paulo Cesar Magella

Bens tombados

O prefeito Bruno Siqueira sancionou nessa quarta-feira a Lei Complementar 065, que dispƵe sobre a transferĆŖncia do direito de construir imĆ³veis protegidos por tombamento, estabelece incentivos, obrigaƧƵes e sanƧƵes relativas Ć  preservaĆ§Ć£o destes e dĆ” outras providĆŖncias. Trata-se de um substitutivo de autoria do vereador JosĆ© MĆ”rcio, discutido com vĆ”rios segmentos da cidade, que pode acabar com um velho dilema de proprietĆ”rios de bens tombados, cuja sensaĆ§Ć£o, hoje, Ć© de terem tido seu bem desapropriado, pois nada podem fazer, tendo como Ćŗnico benefĆ­cio nĆ£o pagar IPTU. De acordo com o vereador, agora serĆ” possĆ­vel negociar o potencial construtivo, na cota de 35%, que pode se desdobrar em outras Ć  medida que forem feitos investimentos, como a recuperaĆ§Ć£o do prĆ³prio imĆ³vel tombado. Esse potencial pode ser vendido a construtoras, cuja cota jĆ” se excedeu, inclusive em Ć”reas nobres, como a Avenida Rio Branco, antes vedada a esse tipo de negociaĆ§Ć£o.

Grupos Centrais

Como detentora do maior nĆŗmero de imĆ³veis tombados do municĆ­pio, a Prefeitura seria uma das mais beneficiadas, pois poderĆ” negociar o potencial construtivo e aplicar o recurso nos prĆ³prios imĆ³veis. O Estado, por exemplo, poderĆ” aproveitar o potencial dos Grupos Centrais e revitalizĆ”-lo com o recurso arrecadado nas negociaƧƵes. A lei entrou em vigor na data de sua publicaĆ§Ć£o.

Jogo polĆ­tico

As denĆŗncias formuladas em relatĆ³rio pelo empresĆ”rio de marketing Marcos ValĆ©rio, a despeito de nĆ£o terem sido aceitas pelo MinistĆ©rio PĆŗblico estadual, foram encaminhadas ao STJ para ver se viram ou nĆ£o delaĆ§Ć£o premiada. O que se diz nos bastidores Ć© que muito desse material irĆ” virar muniĆ§Ć£o para as eleiƧƵes de 2018, sendo verdadeiro ou nĆ£o.

Mundo digital

A CĆ¢mara Municipal comeƧou esta semana a elaborar o certificado digital dos vereadores, para, quando voltarem do recesso, executarem as primeiras operaƧƵes sob o novo modelo digital do Legislativo, que deve estar concluĆ­do atĆ© o ano que vem. O certificado digital Ć© uma assinatura com validade jurĆ­dica que garante proteĆ§Ć£o a operaƧƵes eletrĆ“nicas e tem sido cada vez mais utilizado por empresas na busca de reduĆ§Ć£o de custos. O projeto implantado em Juiz de Fora, aliĆ”s, tem despertado interesse de outras cĆ¢maras da regiĆ£o, que jĆ” mandaram tĆ©cnicos para conhecerem o modelo. Pelo ritmo, a CĆ¢mara de Juiz de Fora deve ser uma das primeiras da regiĆ£o a aderir plenamente Ć  digitalizaĆ§Ć£o.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geraĆ§Ć£o da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundaĆ§Ć£o do jornal -, jĆ” tendo exercido as funƧƵes de editor de polĆ­tica, editor de economia, secretĆ”rio de redaĆ§Ć£o e, desde 1995, editor geral. AlĆ©m de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. TambĆ©m sou radialista Meus hobbies sĆ£o leitura, gastronomia - nĆ£o como frango, pasmem - esportes (Flamengo atĆ© morrer), encontro com amigos, de preferĆŖncia nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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