Painel 24-07-2016

Por Júlia Pessôa

Sem plano B
Um segmento tucano que ainda avaliava a possibilidade de outra candidatura a vice que não fosse a do coronel Ronaldo Nazareth esbarrou num problema insuperável: o nome que cogitavam, o ex-vereador e professor Barbosa Júnior, está, há pelo menos duas semanas, filiado ao PSC de Noraldino Júnior. E o fez de caso pensado, pois sabia que sua mudança de legenda fora dos prazos implicaria sua inelegibilidade. O ex-vereador Antônio Almas, uma outra opção, nas primeiras abordagens, disse que não tem tal pretensão. O economista Paulo do Carmo Martins, que também teria sido procurado, gentilmente, declinou do convite por conta dos muitos projetos na Embrapa, da qual é chefe do Centro de Gado de Leite, e também na Universidade Federal de Juiz de Fora, em que é professor.

Sob pressão
As indefinições têm deixado muitos políticos com os nervos à flor da pele e outros ainda com expectativas de mudar de patamar. Um dos cotados a vice teria ameaçado jogar a toalha diante de tanta articulação sem um resultado definitivo. Outro, por seu turno, em função dos entendimentos que ocorrem fora da cidade, ainda aposta que, em vez de vice, pode ser candidato a prefeito. Algumas conversas, aliás, estavam previstas para a região, no frio da montanha e com um bom vinho, mas o mais provável seria um acordo em torno de um nome já colocado nas listas de pré-candidatos.

Nome próprio
É com essa mesma incerteza do cenário político que o PDT e o PPS, liderados, respectivamente, pelo advogado Vítor Valverde e pelo deputado Antônio Jorge Marques, estão jogando para o último momento a definição de seu papel nas eleições, mas ganha força a possibilidade da candidatura própria com o empresário Eduardo Lucas. A avaliação de setores do grupo é de que ele tem o menor nível de desgaste e pode levar adiante um discurso de modernidade. Mas as conversas continuam, pois há pela frente pelo menos duas semanas para o encerramento dos prazos das convenções.

Poucas questões
Embora muitos partidos anunciem só para o início de agosto – o PSC fará no dia 5 – a realização de suas convenções, já no fim do mês, o quadro deverá estar praticamente definido. A principal preocupação está na formação de chapas e eventuais coligações, mas não há essa dúvida para a disputa majoritária, com raras exceções. O Partido dos Trabalhadores, da deputada Margarida Salomão, depois de reunião na última sexta-feira, deverá fazer uma nova plenária nos próximos dias para fechar as alianças. A única pendência é a definição do vice, mas o nome mais provável continua sendo o do vereador Chico Evangelista, que poderia até ser confirmado pela cota pessoal de Margarida.

Júlia Pessôa

Júlia Pessôa

Jornalista, mestra em Redes, Estéticas e Tecnoculturas, especialista em Gênero e Sexalidades, e doutoranda em Ciências Sociais, tendo como casa a UFJF. Realizou estágio doutoral na Universidade de Aveiro, Portugal, onde ainda integra o grupo de pesquisa Género e Performance (GECE). Foi repórter da Tribuna de Minas por mais de dez anos, passando por todas as editorias do jornal, especializando-se ao longo do tempo, em coberturas de direitos humanos, gênero, cultura e gastronomia. É professora universitária, pesquisadora, feminista e, acima de tudo, curiosa. Retorna à Tribuna como coordenadora editorial da redação.

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