Gestão Cármen

Por Leandro Mazzini, Com Walmor Parente, Carol Purificação, Isabele Mendes e Luiza Melo

Antes de assumir oficialmente o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia pavimenta as regras que vão sustentar sua gestão pelos próximos dois anos. A prioridade da ministra para este ano é o enfrentamento da desinformação e do uso indevido de inteligência artificial (IA) nas Eleições Municipais de 2024. Ela relatou 12 resoluções, chanceladas pela Corte Eleitoral, que norteiam e disciplinam as regras que serão adotadas no pleito de outubro. A ministra reforça uma frase que tem repetido em conversas, entrevistas e palestras sobre a Inteligência Artificial. “Que essa tecnologia não seja usada para desservir à democracia, aos eleitores e às garantias das liberdades”. Cármen Lúcia vai substituir o ministro Alexandre de Moraes a partir de junho, para o biênio 2024-2026.

Juiz de paz

O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), recebeu a missão do Planalto para reaproximar o ministro Fernando Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após o atrito provocado por declarações do chefe da Fazenda. A estratégia deu certo: ambos admitem o fim das tensões, e o diálogo foi retomado.

No ostracismo

Demitido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltar ao serviço sem justificativas, abandonado pelo clã e séquito Bolsonaro e sem apoio do próprio partido – o PMB (Partido da Mulher Brasileira) – o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub amarga ostracismo político. Cogitou se candidatar à Prefeitura de São Paulo, mas a legenda não embarcou no projeto aventureiro.

Força restrita

A Força Aérea Brasileira (FAB) não revela os valores dos custos das viagens dos voos que transportam autoridades. À Coluna, posiciona: “Os custos operacionais das missões em aeronaves são considerados estratégicos por envolverem aviões militares. Portanto, são informações restritas em prol da segurança das operações aeroespaciais e da defesa do país”.

Massa falida

A desocupação da sede do Incra de Alagoas pelo MST só ocorreu após o novo superintendente, Junior Rodrigues do Nascimento – indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira – garantir que vai atender às demandas do movimento. Uma delas é a destinação das terras da massa falida da Usina Laginha para a reforma agrária.

Ação fantasma

Em depoimento no Senado, Thales de Queiroz Sampaio afirmou à CPI da Braskem que a empresa processou o Serviço Geológico do Brasil (SGB), do qual ele é ex-diretor. Ocorre que a ação, que provocou alvoroço entre os membros da comissão, simplesmente não existe. A tal peça fictícia que, segundo alega, cobrou R$ 1 bilhão por danos morais à instituição jamais apareceu. Não há sequer registro de processo da Braskem contra o SGB.

Rafaela Carvalho

Rafaela Carvalho

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