Excesso de tecnologias em carros frustra motoristas, aponta estudo
O uso de tecnologias avançadas em carros, sobretudo as ligadas a telefones celulares, virou uma espécie de obsessão para as montadoras
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Porém, várias inovações que, segundo essas empresas, servem para facilitar a condução e aumentar a segurança, são apontadas pelos consumidores como inúteis ou difíceis de usar
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Essa é a principal conclusão do mais recente Estudo de Índice de Experiência Tecnológica, feito pela JD Power nos Estados Unidos. Segundo o relatório da consultoria do setor de veículos, os donos de carros se sentem
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“sobrecarregados com recursos tecnológicos que não resolvem um problema, não funcionam, são difíceis de usar ou têm funcionalidade limitada.” Para isso, a empresa ouviu 81.926 compradores de carros novos logo após os primeiros 90 dias de uso
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Conforme a consultoria, foram avaliados 40 recursos diferentes, divididos em quatro categorias: conveniência, automação, energia e sustentabilidade e sistemas de informações e conectividade
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Os participantes classificaram as soluções como indispensáveis, agradáveis ou desnecessárias.Por meio de comunicado, a JD Power informa que os sistemas mais criticados são os relacionados à assistência eletrônica à condução. Esse quesito recebeu nota média de 7,61 numa escala que vai até 10
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A consultoria informa que esses dispositivos são considerados como “de pouca utilidade e/ou continuamente irritantes.”Da mesma forma, a tecnologia que permite ativar comandos do som e do ar-condicionado, por exemplo, por meio de voz, obteve nota de apenas 7,98. Por outro lado, a empresa informa que o alerta de ponto cego é bem avaliado pela maioria dos donos de carros novos
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E, provavelmente para desespero das marcas de luxo – que vêm investindo pesado nessa solução -, as telas digitais na frente do banco dianteiro direito também são consideradas como desnecessárias
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A explicação pode estar ligada ao fato de que, nos EUA, apenas 10% dos entrevistados disseram que viajam com passageiros na frente diariamente
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Além disso, tudo indica que quanto mais avançado é o recurso, maior é a dificuldade encontrada pelo usuário para tirar proveito dele. Isso inclui sistemas de reconhecimento facial, leitores de impressão digital e controles de funções do veículo por meio de gestos. Aliás, 21% dos entrevistados disseram que esse último “carece de funcionalidade”.