A recuperação dos destroços do submarino Titan foi concluída no dia 28 de junho, após uma operação de busca que durou cinco dias. O submarino, que chegou a um porto no sul do Canadá, aparentemente implodiu logo após ser lançado ao mar, resultando na morte de todos os passageiros a bordo. Os destroços serão agora objeto de um inquérito que visa elucidar as circunstâncias e causas do desastre.
Os fragmentos que compunham a cabine do veículo subaquático foram descarregados do navio Horizon Arctic, pertencente à Guarda Costeira do Canadá, no porto de St. John. Especialistas revelaram que as fibras de carbono que revestiam o submarino foram fragmentadas durante a implosão. Juntamente com os destroços, as autoridades confirmaram a descoberta de “possíveis restos humanos” nas imediações do local do acidente.
📌Os destroços do submarino Titan, que implodiu no fundo do Oceano Atlântico enquanto fazia uma expedição aos restos do Titanic, chegaram nesta quarta-feira (28) a um porto no sul do Canadá.#submarine #Submersible #submarino #Titanic #Titan #OceanGate pic.twitter.com/BlxQBFJyrI
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) June 28, 2023
As vítimas do desastre, confirmadas em 22 de junho, incluem o milionário britânico Hamish Harding, Shahzada Dawood do Paquistão, vice-presidente da Engro, e seu filho Suleman, o experiente mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions. O grupo estava tentando chegar aos destroços do Titanic, localizados a quase quatro mil metros abaixo da superfície do mar.
A investigação do incidente será conduzida pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, de acordo com relatos da mídia local. Os destroços do Titan foram descobertos a uma distância de aproximadamente 600 metros do ponto de naufrágio do Titanic.
No seguimento da tragédia, foi divulgada uma troca de e-mails entre Stockton Rush e o especialista em operações marítimas Rob McCallum. Segundo os e-mails, McCallum advertiu Rush que estava expondo os clientes da empresa de turismo marítimo a riscos e pediu que o uso do veículo fosse interrompido até a aprovação de uma entidade independente. Contudo, Rush alegou estar “farto de pessoas da indústria que tentam usar a segurança como argumento para barrar a inovação”.
A polêmica aumentou quando um ex-funcionário da OceanGate alegou ter sido despedido por questionar a segurança dos submarinos fornecidos pela empresa. David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas da empresa, foi dispensado em 2018 após se recusar a autorizar testes tripulados dos primeiros modelos do veículo.
Os resultados do inquérito em curso serão fundamentais para entender melhor o trágico incidente e identificar quaisquer falhas de segurança que possam ter contribuído para o desastre.