O dólar continua em trajetória de queda pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (12), impulsionado pelos resultados mais brandos da inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A desaceleração dos preços aumenta a expectativa de redução das taxas de juros em ambos os países, o que motiva investidores a migrarem para ativos de risco em mercados emergentes, como o Brasil.
Por volta das 13h20, a moeda americana apresentava queda de 1,30%, sendo cotada a R$ 4,9405. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser negociado a R$ 4,9171. Essa movimentação de baixa segue a tendência do dia anterior, quando o dólar teve queda expressiva de 1,17%, atingindo o menor patamar em 10 meses, sendo cotado a R$ 5,0067. Com isso, a moeda acumula perdas de 1,23% no mês e 5,14% no ano.
Economistas apontam que a tendência recente de valorização do real frente ao dólar foi reforçada pela leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que sugere um cenário mais favorável para a inflação. Diante disso, há uma expectativa positiva em relação à redução das taxas de juros no Brasil, o que tende a fortalecer ainda mais a moeda nacional.
O impacto do dólar baixo para o Brasil
A queda do dólar tem um impacto significativo na economia brasileira, especialmente no que se refere ao comércio exterior e ao mercado financeiro. Com a desvalorização da moeda americana, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas no mercado internacional, estimulando a demanda por produtos nacionais e impulsionando a economia do país.
Além disso, um dólar baixo tende a atrair mais investimentos estrangeiros para o Brasil, aumentando o fluxo de recursos e ajudando a impulsionar o desenvolvimento do país. Por outro lado, o dólar em queda pode também levar à inflação, uma vez que os produtos importados ficam mais baratos e estimulam o consumo.
No mercado financeiro, a queda do dólar pode trazer benefícios para os investidores, especialmente aqueles que possuem ativos em moeda estrangeira, como fundos cambiais e ações de empresas exportadoras. Porém, os investidores que possuem dívidas em dólar podem ser prejudicados, uma vez que o valor da dívida se torna mais alto em reais.
Em resumo, a queda do dólar tem um impacto complexo e variado na economia brasileira, e é importante analisar todos os seus efeitos para entender seu verdadeiro impacto no país.