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Dos Leitores

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Itamar Franco

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Em 1978, estagiava nos Diários Associados, ainda como estudante de Comunicação da UFJF, quando o editor-chefe do extinto Diário Mercantil, Wilson Cid, incumbiu-me de uma tarefa: entrevistar o então senador Itamar Franco, aqui mesmo em Juiz de Fora, e dele extrair informações importantes sobre o momento que o país atravessava naquela ocasião, em particular, a participação no acordo nuclear com a Alemanha. O parlamentar possuía uma casa na Praça Menelick de Carvalho e lá se encontrava recuperando-se de uma hepatite. Itamar me recebeu de braços abertos, relembrando o passado nos bancos escolares do Instituto Granbery, quando foi contemporâneo de meu pai Kleber Halfeld. Após muito conversarmos a respeito de vários assuntos, retornei para o jornal a fim de redigir a matéria. Em um misto de insegurança e emoção, já que conhecia naquele dia um político íntegro e nacionalista, falei com Wilson Cid que não havia muito o que publicar, uma vez que a entrevista resvalara para a amizade. O editor-geral disse-me que não me preocupasse, pois o político ficaria ainda na cidade e eu teria tempo de sobra para continuar a matéria. Os meses se sucederam, e eu tornei-me próxima de Itamar, um homem a quem sempre admirei. Ele era, sim, avesso a ligações telefônicas, mas com regularidade me ligava a fim de saber o que eu precisava para tornar públicas informações a respeito de seu trabalho no Senado. Cheguei a ir a Brasília em 1980 a fim de o visitar em seu gabinete, mas ele se encontrava viajando. O tempo passou, e eu nunca mais falei diretamente com ele. Agora, com sua morte física, resta-me a esperança de que seu espírito continue a trabalhar pelo Brasil, esse país que tanto amou, e por sua população, que carece de políticos probos. Que suas ideias sirvam de exemplo para os governantes atuais e do futuro, porque homens como Itamar Franco são raros. Ele soube, como ninguém, engrandecer nosso país! Fique em paz, querido amigo!

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Flávia Halfeld, via internet

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Nota da redação

Sobre a matéria Conselho vota por tarifa de R$1,95 publicada ontem na página 7, o texto mostrou que informações de bastidores dão conta de que o Ministério Público Estadual teria pedido prazo para analisar o material. Por isso, a votação não teria acontecido no mesmo dia, sendo postergada para ontem (terça). O secretário de Transporte e Trânsito e presidente do Conselho Municipal de Trânsito, Márcio Bastos, esclarece que a decisão de apresentar a planilha em uma reunião e votá-la em encontro posterior foi tomada para possibilitar que os conselheiros tivessem prazo razoável para analisar o documento, fazer consultas e tirar possíveis dúvidas.

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