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Política e Democracia

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As campanhas eleitorais quase sempre são em tom messiânico; é preciso estilizar o discurso para torná-lo atrativo ao povo que, na maioria das vezes, é movido pela paixão e muito pouco pela razão, uma vez que desconhece o funcionamento da máquina administrativa e seus desdobramentos, bem como o enlace político em torno de algumas questões. A luta pelo poder acontece todos os dias na esfera pública ou privada; a democracia herdada dos gregos nos possibilitou novas armas para esse embate, ou seja, a política; nesse novo campo de batalha, o armamento é a retórica, o poder de persuasão, evidenciando a máxima de que a política é outra forma de fazer a guerra, onde os menos esclarecidos estão praticamente desarmados e sujeitos a se tornarem escravos com o seu próprio consentimento e sem se dar conta disso.

Nas campanhas político-partidárias para eleições de cargos públicos, o que se observa são generalidades como: melhores escolas, melhores hospitais, melhores salários, mais empregos etc. Os pormenores que envolvem tais questões são de tamanha complexidade que é difícil para um eleitor comum saber onde há um discurso populista e até onde são possíveis tais realizações. Mesmo em uma democracia amadurecida como a dos EUA, podemos observar tais características. Mas o Brasil tem uma situação ainda muito pior, as pesquisas de opinião indicam como os marqueteiros moldarão seus candidatos de acordo com a paixão do eleitor. Dessa forma, começam a surgir os mitos, o do Partido do Trabalhador, o do candidato do povo, o do caçador de marajás etc. auxiliados, geralmente, por grandes grupos econômicos e pela grande mídia. O povo, desarmado para a luta, pensa que é sujeito, mas na verdade, é o objeto da situação, como aconteceu na revolução francesa, na revolução russa e em tantas outras, e que acontece também de maneira velada nas recentes democracias, como a brasileira.

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O regime democrático de Governo é um reconstruir-se constante e, apesar dos problemas que sempre existiram, ainda é a melhor forma de organização humana em sociedade. É necessário o exercício das funções de direção intelectual e moral que torne possível uma atitude racionalizada da maioria, a buscar verdadeiramente seus interesses através de seus representantes. Nesta outra forma de fazer a guerra, a política, no qual estamos inseridos, a melhor arma é a informação e o conhecimento.

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