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A importância do metaverso na educação

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Desde a popularização da internet na década de 1990, o ciberespaço proporciona graus de transformação digital em diferentes segmentos da sociedade. Na área da educação, o fenômeno não aconteceu de forma diferente, e presenciamos a adoção de ferramentas autoinstrucionais em educação a distância e aprendizagem on-line, ambientes virtuais de aprendizagem e, mais recentemente, impulsionados pela necessidade da pandemia, vimos as plataformas Zoom, Meet e Teams sempre presentes em nossas telas, proporcionando boas experiências de aprendizagem, em tempo real. Foram e são tecnologias capazes de ampliar o ensino e aprendizagem para “além dos muros” das escolas e universidades. E a próxima fronteira tecnológica que a educação está prestes a atravessar é o metaverso.

O termo metaverso traz uma combinação do prefixo “meta”, o mesmo que transcender, com a palavra “universo”. Em termos mais atuais, metaverso é caracterizado pela transformação digital em diversos aspectos de nossas vidas físicas. Na sua ideia central está uma internet imersiva, unificada e persistentemente compartilhada por todas as pessoas que, no caso da educação, são as relações tidas entre professores-alunos, alunos-alunos e destes com as suas escolas ou universidades.

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A maioria das práticas de ensino dos educadores utiliza artefatos e didáticas que acionam as possibilidades do ser humano por meio dos sentidos humanos, que são os qualificadores da subjetividade, são eles: visão, audição, tato, paladar e olfato. Esses sentidos são os elos entre o corpo e o mundo e reúnem todas as experiências percebidas do ambiente para tornar o indivíduo reativo aos fenômenos que o circunscreve, tais como: prazer e repugnância, beleza e feiura, numa espécie de teia de sensações presentes no cotidiano das organizações educacionais.

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Na presencialidade, física do mundo real, professores e alunos expressam essas reações em suas práticas sociais, a relação ensino-aprendizagem. Se essas práticas já estavam situadas nos estágios iniciais da educação a distância e foram aprimoradas com o passar dos anos, se elas foram responsáveis pela formação de competências digitais em professores e alunos, assim também ocorrerá com a incorporação das tecnologias demandadas pelo metaverso. Com o barateamento da tecnologia e a ampliação de sinais de internet para todos os cantos deste país, o metaverso será capaz de reduzir distorções entre as regiões e ampliar o potencial da aprendizagem. Todas as potencialidades do metaverso são muito viáveis e factíveis. Mas, claro, há de se ter muito cuidado na capacitação de todos os envolvidos pela complexidade das novas tecnologias existentes.

É muito importante que o metaverso seja visto por essa lente de otimismo. Afinal, se a imersão tem sido capaz de avançar com diagnósticos de saúde, melhorar as relações humanas, por que não será capaz de revolucionar a educação em nosso país? Esse caminho será possível se utilizarmos as ferramentas do próprio metaverso para capacitar aqueles que cuidarão das capacitações seguintes. É preciso formar replicadores desse “novo mundo”, e o caminho passa primeiro pela capacitação daqueles que mediam a relação de ensino e aprendizagem: os professores. Se conseguirmos reunir os educadores, profissionais de tecnologia da informação para a formatação do nosso metaverso, atravessaremos essa fronteira com êxito e teremos resultados muito positivos no futuro da educação brasileira, por meio do metaverso.

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