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Transtorno Bipolar: mais informação e menos estigma

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O termo bipolar, tão popularizado, é ligado à instabilidade de comportamento. Para além do coloquial, é necessário entender que o Transtorno Bipolar não é somente uma mudança de humor, mas uma patologia que precisa ser tratada.

O dia 30 de março, Dia Mundial do Transtorno Bipolar, é uma homenagem à data de nascimento do pintor holandês Vincent Van Gogh, provável portador da doença. O objetivo desta data, sob a qual se debruçam à conscientização sobre o tema, é necessário deixar de lado o estigma social e chamar a atenção para as características e necessidade de tratamento.

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A começar pelos números. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que a doença atinge 5% da população no mundo. Até 2019, eram 140 milhões de pessoas diagnosticadas. A prevalência maior é entre jovens, de 15 a 25 anos, mas estudos epidemiológicos também apontar um pico tardio, entre 45 e 55 anos.

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A bipolaridade não pode ser banalizada. Em lados opostos de uma mesma moeda, o paciente pode estar na fase da euforia (bem estar, pensamento e fala acelerados, agitação, energia, pouca concentração, impulsividade); ou na fase depressiva (ganho ou perda de peso, fadiga, apatia, sentimentos de culpa, desânimo, isolamento, ansiedade). Há ainda a fase mista, quando as duas sensações se misturam.

A bipolaridade ainda pode ser dividida em dois tipos: 1 e 2. No primeiro, a euforia é muito pronunciada. Já no tipo 2, a fase de euforia é menor, chamada como hipomania, quando a pessoa fica mais alegre e julga que está em seu estado normal. Em ambos os casos, a euforia alterna com a depressão. Por essas variações, o diagnóstico é complexo e, geralmente, feito por sinais clínicos. O componente genético é importante, assim como os ambientais ou psicológicos, ou seja, gatilhos que desencadeiam uma crise.

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O tratamento é extremamente importante, tendo em vista que estamos falando de umas das doenças psiquiátricas de grande associação com o suicídio – o que pode ocorrer tanto nos quadros de euforia quanto nos de depressão.

Transtorno Bipolar tem cura? Não, mas com tratamento pode ser controlado. E esse trabalho é feito de maneira ampla, não só com medicamentos, mas também com terapia e mudanças no estilo de vida, com a adoção de hábitos saudáveis, bom sono, exercícios físicos e redução de níveis de estresse.

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Com o tratamento, há chances de diminuição de crises, assim como redução da evolução do quadro, das crises e intensidades. Para que todo esse processo se concretize, além do cuidado da saúde mental, com a orientação de um profissional, é necessário que a família esteja envolvida. Afinal, em toda a caminhada para uma vida saudável, deve haver o espaço da empatia e do acolhimento.

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