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Acabou

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Se o nosso querido e amado país, Brasil, vive mesmo uma democracia, num estado democrático de direito, as regras, as autoridades e as instituições precisam ser respeitadas.

Houve eleição: um candidato ganhou mais votos e, portanto, irá ser proclamado a Presidente do Brasil por quatro anos, no dia 1º de janeiro de 2023.

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O outro candidato, que ficou em segundo lugar, tecnicamente perdeu e precisa sim respeitar todo o processo eleitoral.

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As nossas urnas eletrônicas são altamente confiáveis. Vários foram os segmentos da sociedade, inclusive instituições públicas, que tiveram acesso ao mecanismo das urnas eletrônicas e houve uma resposta bem satisfatória: as urnas eletrônicas brasileiras são confiáveis, nada havendo que possa gerar dúvidas ou questionamentos.

O Poder Judiciário (TSE) também agiu corretamente e rápido para combater as fakes news e outras atividades ilícitas que visavam a, única e exclusivamente, atrapalhar o processo eleitoral.

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Também há duas denominações (uma institucional e a outra religiosa) que precisam ficar em seus devidos lugares e respeitarem a nossa Constituição: as Forças Armadas e as Igrejas. Nem as Forças Armadas e nem as Igrejas, como prevê a nossa Constituição, estão aptas a interferir no processo eleitoral. Cada uma deve ficar no seu quadrado e respeitar fielmente a nossa Constituição.

Na época que eu era adolescente, quando nós parávamos perto de um quartel, logo chegava um sentinela e perguntava o que estávamos fazendo ali, porque, nas proximidades de qualquer área militar, é considerado área de segurança nacional.

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Hoje vemos pessoas se aglomerando na frente de quarteis em atos antidemocráticos e tudo parece que está certo, mas não está.

Esta balbúrdia coletiva já passou dos limites.

Li, vi e ouvi no noticiário que o respeitável cantor e compositor brasileiro Gilberto Gil foi grosseiramente ofendido por uma pessoa desqualificada que não aceita a derrota de seu candidato. Também nossos ministros e ministras do STF diariamente estão sendo covardemente atacados e humilhados, por pessoas insanas que não aceitam a derrota de seu candidato.

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Até quando teremos que presenciar estas cenas grotescas e indesejáveis?

Até quando teremos que presenciar mortes por questões políticas?

Até quando teremos que assistir pacificamente as nossas instituições e as nossas autoridades sendo atacadas de forma humilhante e covarde por pessoas que não aceitam a democracia?

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Até quando teremos que assistir que a imprensa, os jornalistas e as jornalistas fiquem impedidos de exercerem em paz as suas atividades informativas e de interesse público?

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