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Ah, é só postar um pedido de desculpas

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Recentemente, um chef de cozinha, preto, foi inferiorizado em um programa de TV por uma apresentadora sem o mínimo de educação ou postura. Dada a repercussão do caso, a mesma gravou um vídeo se sentindo “injustiçada”, além de se colocar no lugar de vítima. Um entregador de pizza foi extremamente ofendido durante uma entrega por um morador e, também, como virou um assunto nacional, a justificativa eram problemas mentais e facultativos do agressor.

Basicamente, o modus operandi é o mesmo: um ataque direto a um indivíduo preto em seu espaço de lazer, trabalho, trânsito, estudo, etc, onde há a agressão verbal ou física; o caso toma a repercussão local ou mesmo nacional, com o apoio de imagens e frases, que também podem ser incorporadas em provas para a criação de um caso, e a saída “pela tangente” do criminoso é um atestado de insanidade mental, nervosismo, uso de drogas ou mesmo um post no feed das redes sociais, com o acréscimo que foi a primeira vez que isso acontece no seu histórico.

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Existem outros casos com cenários e contextos singulares de agressões verbais e físicas à comunidade negra, carregados de racismo e prepotência por classe social. E, na hora de justificar, o suspeito chora, inverte sua posição perante o crime, argumenta problemas psicológicos, diz que “estava num dia ruim”, faz uma postagem nas mídias sociais com palavras bonitas para disfarçar o retrocesso mental e criminoso diante do ato.

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Desde o início do ano, a injúria racial é equiparada ao crime de racismo, resultando numa punição mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabendo mais fiança, e o crime é imprescritível. Pego em flagrante, a Polícia Militar presente deve dar voz de prisão e encaminhar o suspeito para a delegacia.

Não é responsável ou cabível a existência de publicações com um tom emotivo, edições, nota oficial, vídeos com o suspeito chorando, atestados ou mesmo o não cumprimento da ocorrência e a efetiva detenção de pessoas que ainda hoje realizam tais crimes e se escondem pelas redes sociais.

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Que as autoridades primeiramente reconheçam que esses episódios nada mais são do que crimes e precisam ser encarados como tal e endureçam as penalidades referentes a tais ações, seguindo de fato a lei, e os cidadãos que ainda praticam o racismo, que tenham sua existência atrás das grades e não pelas telas do telefone.

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