Enquanto outras cidades mineiras de porte médio, como Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, estão construindo outro distrito industrial (DI) para poder receber várias empresas interessadas em se localizar naqueles municípios, Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, não tem como receber outras empresas de porte médio ou grande por falta de locais aptos a localizá-las.
Uberaba, no Triângulo Mineiro, que já possui quatro distritos industriais, já está com um protocolo de intenções de lá se situar assinado por mais de cem empresas e estuda locais para construir seu quinto distrito industrial. A Zona da Mata e Juiz de Fora nem têm planos já feitos para isso. Para se ter sucesso industrial, é necessário construir a infraestrutura que um DI possui. Sabendo disso, Uberaba já antecipa suas ações para ter sucesso de criação de empregos e impostos a serem arrecadados.
Enquanto isso acontece naquela cidade, Juiz de Fora não pensou no assunto nos últimos 30 anos e continua com problemas de localização por não possuir outro distrito industrial. O pensamento de primeiro se ter uma empresa para só depois pensar em localizá-la é totalmente errado e fora de propósito. Para se construir um DI, diversos problemas têm que ser resolvidos: a escolha da área, as infraestruturas existentes ou a serem construídas, o árduo e difícil processo das desapropriações, as licenças ambientais, entre outros. Isso para não falar nos recursos que seriam necessários.
No caso da Zona da Mata, a saída poderia ser a construção de um ou mais distritos industriais, que poderiam ser edificados nas imediações do Aeroporto Internacional Itamar Franco. Por enquanto, lá ainda existem locais adequados para se fazer isso. Planejamento é se resolver no presente o que se fazer no futuro. Nada de planejamentos de última hora, que só procuram soluções depois de o problema já existir. Para se ter uma ideia, o município de Uberaba ocupava a 14ª posição entre as cidades mineiras que mais ofereciam empregos. Hoje, ocupa o quinto lugar. Não podemos ficar parados, disse o secretário de Desenvolvimento de Uberaba, José Renato Gomes. E ele está absolutamente certo.